Abel repete pedido de Diniz e CBF por câmeras à distância

O técnico Abel Ferreira fez após a derrota do Palmeiras para o Grêmio o mesmo pedido de Fernando Diniz e da CBF para ter mais espaço à beira do campo diante da proximidade da equipe de transmissão durante os jogos.

Pedido a la CBF: "Pedir a CBF que nem Diniz fez para tirar microfone [da transmissão], não o ouvirem. Pedir para tirar o cameramen de trás de mim. Não sei se é boa a visão ou não, mas sempre tem ao meu lado".

Protagonistas nas quatro linhas: "Favor de tirar o cameramen, tem sempre um cara ao meu lado, vendo tudo que eu faço, o que falo. Vejam os jogadores, nossos lances, os árbitros, protagonistas estão dentro das quatro linhas".

O que aconteceu

Abel Ferreira deu a declaração na coletiva depois da derrota do Palmeiras para o Grêmio, em Porto Alegre, pela 24ª rodada do Brasileirão. Ele chegou a deixou o gramado pouco antes do fim da partida após se revoltar com uma decisão de arbitragem.

Ele citou o pedido que CBF e Fernando Diniz fizeram após o jogo entre Brasil e Bolívia, no Mangueirão. A transmissão da Globo posicionou um microfone que captou instruções do treinador durante a parada técnica.

O colunista do UOL Rodrigo Mattos apurou que a entidade solicitou que a TV Globo não divulgue falas de Diniz aos jogadores. O objetivo é não expor as instruções do técnico, que prefere que suas falas na partida não sejam públicas.

O que mais Abel disse na coletiva

Saída de campo conturbada: "[Foi por] Falta que o arbitro marcou e 30s depois acabou o jogo. Não houve nada, querem criar polêmicas. Quando não se tem assunto, é preciso criar. O que acontece no campo fica no campo. Não falei com ninguém, com dirigente nenhum [do Grêmio]".

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Apagão inicial: "Nos primeiros dez minutos não fizemos o que viemos para fazer. E a partir daí dominamos o jogo todo, mas não fomos eficientes. (...) Fizemos o que tínhamos para fazer, as alterações, mas faltou duas coisas: capricho e eficácia".

Arbitragem do jogo: "Arbitragem foi muito hábil e pronto. (...) Árbitro fosse hábil. Não estou dizendo se acertou pra eles ou pra gente. Não quero falar disso".

Volume criado em derrota: "Hoje era dia de a bola não entrar. O lance do Veiga, que bate na perna do goleiro... Criamos o suficente para sair com resultado. Tivemos bolas na trave, oportunidades. Não foi o que queríamos, mas fizemos tudo, menos nos primeiros dez minutos".

Falta de eficiência: "Não ganhamos porque não fomos eficientes nas bolas que tivemos. Não ganhamos por isso, futebol é assim. Parabéns para o Grêmio, hoje foi extremamente eficiente. Quero ter tantas chances no próximo jogo como criamos aqui. Mas não podemos perder tantas. Faltou o que nosso adversário teve em excesso [eficácia]. Podiam ter feito outro gol em transição".

Bola não quis entrar: "Não conseguimos fazer [gol], mas não foi por falta de volume, de oportunidade. Bola bateu na trave não quis entrar. Volume foi muito grande para pouca eficácia. Demos 18 chutes, é muita coisa na casa do Grêmio. Mas volto a falar, futebol é feito de eficácia e hoje nesse quesito adversário foi melhor".

Jogo contra o Boca: 'Cada jogo tem historia diferente, não dá para comparar. Esse é um jogo específico, teremos uma Libertadores [na quarta], é jogo diferente. Esse jogo já passou, parabéns ao Grêmio, e agora vamos nos preparar para o próximo, uma decisão. Muito feliz por estar na semi mais uma vez, e temos muita intenção de estar na final".

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Elogios a Renato Gaúcho: "Vejo se um treinador é bom se os times são ou não organizados. Renato é claramente um dos melhores treinadores brasileiros, tem forma de jogar muito específica. Fizeram um gol muito bonito, de tocar e quebrar linhas por movimentos. Grêmio entrou muito forte no jogo, nós não entramos bem, e depois tem tudo a ver com eficácia".

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