Torcedor nega ameaças a vice do Flamengo e diz: 'Receio de sair na rua'

O torcedor Leandro Campos explicou sua versão da confusão com Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo. O entregador negou que tenha ameaçado o dirigente ou a filha dele e diz ser vítima da situação.

Leandro afirma que ninguém do Flamengo o procurou, e classificou o episódio como lamentável.

A advogada garantiu que ele vai fazer uma queixa civil e criminal contra Marcos Braz e o amigo, André Peixão, que também teria participado da agressão. Os dois afirmaram que Leandro está com medo de sair na rua e não está trabalhando por isso.

A versão dele

Entregador garantiu só ter dito "Marcos Braz, sai do Flamengo". Ele disse que não houve ameaça a ele ou à filha.

"Eu estava passeando no shopping, eu trabalho ali. Sou entregador e trabalho de bicicleta. Vi ele dentro da loja e falei a seguinte palavra: "Marcos Braz, sai do Flamengo". Virei as costas e saí andando em diagonal no shopping. Quando percebi que estava vindo atrás de mim foi porque a lojista gritou: "Menino, ele está indo atrás de você". Ele estava vindo de punho cerrado, virei de frente para ele, dei um passo para trás, ele se desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu", contou Leandro.

"Enquanto isso veio o amigo dele, acho que é amigo. Veio pelo lado e acertou chutes na minha cabeça. O segurança do shopping veio, interviu, tirou ele de cima de mim junto com a moça da loja. Em nenhum momento agredi ele", completou.

Mordida

Leandro explicou como aconteceu a mordida na virilha. O laudo do IML apontou lesão contundente decorrente de mordida humana e escoriações na parte interna da coxa.

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"Sei que foi ele porque estava sobre a minha perna. Vi ele mordendo. O amigo dele me chutou ainda. Se não fosse o segurança seria pior. Nenhum momento agredi ele. Não tinha como, o amigo estava me chutando", disse.

Organizada

O torcedor negou fazer parte de alguma organizada do Flamengo e explicou a relação com os outros dois torcedores que aparecem em vídeo xingando Braz instantes antes da briga.

"Não faço parte de nenhuma organizada. No momento que passei eu estava sozinho. Conheço os outros meninos porque trabalham ali também, são entregadores e mototáxi. Não sabia que estavam ali também, só vi depois quando apareceram."

Leandro também garante que Marcos Braz mentiu em entrevista coletiva ontem. "Em praticamente tudo. Que eu ameacei ele, que estava transtornado, que tenho cara de psicopata. Praticamente tudo. Falou que pediu para eu sair, mas em nenhum momento dirigiu a palavra a mim. Só ouviu eu falando para ele sair, não falou nada comigo e já partiu para a agressão"

Veja outras respostas

Como chegou lá

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"Eu trabalho no iFood de bicicleta, rodo por ali. Passei e o vi, estou ali todo dia, passei insatisfeito com o momento do clube, e disse essa frase."

Vítima

"Eu não me arrependo porque não fiz nada demais. Isso está gerando problemas na minha vida, não estou indo trabalhar. Não dá, estou com receio de sair na rua. Eu sou vítima, porque não agredi verbalmente e nem fisicamente. Não desferi socos ou chutes nele. As testemunhas falaram"

Filha

"Em nenhum mento ela [filha] estava na loja. Depois da briga, botei o chinelo e fiquei no meu canto até em choque. Nenhum momento vi a filha dele"

Sofreu ameaça?

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"Até o momento não, mas sabe como são as coisas. Não dá para sair tranquilo."

A versão de Marcos Braz

Em entrevista coletiva no dia anterior, Marcos Braz afirmou que o torcedor teria ameaçado ele várias vezes. O dirigente pediu para que ele parasse e sinalizou a presença da filha dele na vitrine da loja. Depois de cinco tentativas, Leandro teria dito "f***-se a sua filha", o que desencadeou a agressão.

Braz afirma que não se lembra do momento da mordida na virilha e em certo momento também alegou estar sozinho no shopping com a filha e três amigas dela.

Para o vice do Fla, a agressão foi premeditada por uma torcida organizada.

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