Diniz explica convocação de Gerson, do Flamengo: 'Acima da média'

Gerson foi a principal surpresa da segunda convocação da seleção brasileira de Fernando Diniz, anunciada hoje (23). Embora não tenha chamado o meia na primeira oportunidade, o técnico foi só elogios ao flamenguista.

'É uma das convocações mais fáceis pra mim', afirmou Fernando Diniz. Além dos próprios atletas do Fluminense, sua equipe, o técnico disse que Gerson é um dos jogadores que mais acompanha.

'O Gerson tem jogado constantemente bem, em que pese o time tem oscilado. É um jogador acima da média e que tem a ver com o que eu penso sobre o futebol', prosseguiu o treinador.

Diniz justificou a manutenção de praticamente a mesma lista da primeira convocação: 'Tentei convocar os melhores possíveis. E dificilmente tem uma mudança drástica'.

Veja a lista de convocados de Fernando Diniz

O que disse Diniz na coletiva

Gerson

É uma das convocações mais fáceis pra mim, um dos jogadores que mais vi atuar, fora os do Fluminense. Jogamos muitas vezes contra o Flamengo, tive que estudar muito o Flamengo. O Gerson tem jogado constantemente bem, em que pese o time tem oscilado. É um jogador acima da média e que tem a ver com o que eu penso sobre o futebol. O Gerson é um jogador de muita mobilidade. Já jogou de volante, de médio pela esquerda, pela direita. É muito técnico, forte, e vejo nele uma mudança positiva de uns tempos pra cá. Está combativo, competitivo, e nos jogos que assisto está sempre tentando no limite ajudar sua equipe.

Relação com a torcida e emoção

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Acredito que voltou a emoção. Nossa participação em Belém foi fantástica, o publicado foi agraciado com um excelente jogo. Esteticamente foi um jogo muito bonito do Brasil, e aquilo foi um pontapé pra conseguirmos a reaproximação com o torcedor por meio da emoção que o futebol provoca nas pessoas. Gostamos de ganhar jogos, e todo mundo gosta de se emocionar com o time jogando bem, se entregando de corpo e alma. Aconteceu de maneira especial no jogo de Belém. Cumprimos o objetivo de emocionar os torcedores.

Richarlison

O critério técnico [pesou na convocação]. A gente não para pra pensar, ele teve algumas chances e a bola não entrou. Mas jogou bem, contribuiu pro time, contribuiu na marcação e acertou as paredes nas tabelas. Só que ele não teve a felicidade aqui na seleção, nesses dois jogos, de colocar a bola pra dentro. Teve participações que justificam a convocação dele.

Base da seleção segue

Não pensei muito nisso. Tentei convocar os melhores possíveis. E dificilmente tem uma mudança drástica. Faz pouco mais de duas semanas o segundo jogo, e a amostra é muito pequena. Mas a seleção está aberta, com muitos jogadores com possibilidade de convocação. Mas existe uma base. Não que ela seja inalterada, está aberta para todo mundo. Vou procurar sempre colocar os melhores e aqueles que no meu entendimento tenham condições de ganhar as partidas.

O que espera de Neymar na seleção?

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Quero que ele seja o melhor Neymar possível, e que escreva as páginas mais bonitas na história dele no futebol. Isso é extremamente possível. Temos que aproveitar. Sempre um privilégio ter um jogador como o Neymar. Demora muito pra nascer outro. E que ele possa desfrutar cada vez mais da seleção brasileira, que é a casa dele desde 2010. Um ambiente que faz bem pra ele, e ele faz muito bem pra esse ambiente.

Paquetá: investigações influenciam na não convocação?

Um jogador que adoro, e as pessoas aqui também o adoram como pessoa. Ele transmite ser uma pessoa fácil de se tratar. Esperamos que tudo corra bem com ele, é o momento de resolver, espero que esteja perto do fim e que a gente possa convocá-lo.

Vini Jr terá papel de protagonismo?

Enxergo como um grande protagonista, protagonista do futebol mundial. Não entendemos como ficou fora da lista dos melhores do mundo. Mais que um exemplo de jogador, se tornou um grande personagem para a sociedade, por tudo que passou e a maneira que se defendeu e defendeu sua causa. Além de jogador, é uma pessoa que representa muito pra todos nós aqui.

Balanço dos dois primeiros jogos

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Difícil responder de forma objetiva o que deu errado e o que deu certo. Tivemos muito mais pontos positivos que negativos. A gente repete o máximo que dá, mesmo que com pouco tempo. Esses primeiros movimentos, os jogadores foram impecáveis na forma de absorver as informações e colocá-las em campo. Contra a Bolívia as coisas andaram de forma positiva e coerente. No jogo do Peru, esperávamos um jogo diferente, com uma torcida hostil, uma rivalidade, um campo alto e seco. Um pouco de cansaço de uma partida colada na outra, e alguns erros. Isso vamos conseguir melhorar, e talvez uma crítica que faço a mim é que, no segundo jogo, eu demorei muito pra mexer no time.

Dinâmica será parecida nos próximos jogos: atacando bastante?

Difícil responder. Temos que nos preparar. Não tenho expectativa em relação aos adversários. O que espero é que a gente consiga ser consistente, e reproduzir nossa ideia de jogo e a ideia do nosso futebol. O Brasil não conseguiu produzir tanto [contra o Peru], mas é um adversário de muito respeito, e eles não chutaram nenhuma bola no nosso gol. Produzimos contra o Peru, não tanto como contra a Bolívia, e defensivamente fomos praticamente impecáveis.

Nino e André, jogadores do Flu. Pense em utilizá-los agora?

Todos têm chance de entrar e serem titulares, mas não entraram porque entendi que não era conveniente no momento colocá-los. Mas podem entrar [nas próximas].

Dois jogadores diferentes da 1ª convocação. A ideia é mesmo manter pra se adaptarem ao estilo?

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Não é uma ideia, é algo natural. Não vai mudar muitos jogadores de uma maneira grande em 15 dias. A não ser que tivéssemos jogado muito mal, o que não aconteceu. Espero que a gente ganhe cada vez mais entendimento.

O que pensa de Casemiro e seu ciclo?

Um jogador extremamente importante, uma das grandes lideranças do time, e extremamente técnico. Espero ajudá-lo a conseguir ter vida longa na seleção, cada vez mais, e ajudar no que for possível a melhorar a dinâmica de seu jogo. Conhece como poucos como é ser um volante. É um craque da posição. A bola passa muito no pé dele. Essa posição, nos times que dirijo, a bola passa muito pelo jogador. E é importante que tenha a categoria e experiência [dele].

Adryelson é observado? E o Botafogo?

Elenco muito bom. Além do Perri, e do Adryelson, tem outros jogadores monitorados. Neste momento não foi convocado, mas está sendo monitorado. Faz um grande campeonato. Está na nossa lista larga, como outros jogadores.

No planejamento pra seleção, o que muda da primeira à segunda convocação?

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Existe um processo de enriquecimento de informações e entendimento dos jogadores. Pra conversar com os jogadores, estreitar nossos laços, passar vídeos, e treinamos muito também, pra que chegassem bem nos jogos e com o entendimento daquilo que queríamos. Sempre que for possível, tentaremos colocar arranjos táticos pros jogadores se sentirem melhor e jogar melhor nas partidas.

Idade é um tema pra você?

Não tenho preconceito com idade. Pegando o Fluminense, temos o Fábio, o Felipe Melo, o Ganso, e todo mundo correndo e correspondendo. O limitador pra mim não é a idade. O primeiro ponto é a qualidade técnica.

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