Luxa minimiza vaias da torcida do Corinthians: 'Não precisa me abraçar'

Vanderlei Luxemburgo não se mostrou abalado com as vaias recebidas na Neo Química Arena, antes de Corinthians 1 x 0 Botafogo, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico do Corinthians também indicou que a torcida será importante no jogo de ida da semifinal contra o Fortaleza, que acontecerá na terça-feira (26), às 21h30 (de Brasília), sob os domínios alvinegros.

Esse torcedor do Corinthians abraça o time. Não precisa me abraçar. Vai junto com os jogadores. Vai ser importante a torcida estar aqui (na Neo Química Arena) na terça-feira e abraçar a equipe, os nossos jogadores. Fazer disso aqui um caldeirão. [...] As vaias não me preocupam, faz parte do trabalho Luxa, em entrevista coletiva pós-jogo

Eu sei que a torcida do Corinthians, quando abraça o time, vai forte. Recebo críticas pesadas, algumas coisas não tem muito critério, mas como vou consertar isso? Ganhamos do líder da competição. Então o cara que perdeu vai tomar porrada, porque era o líder e não podia perder. Isso não me incomoda. É a realidade do futebol brasileiro. Você é vaiado hoje e enaltecido amanhã. Só eu que tenho privilégio de ser vaiado? Todos foram ofendidos em algum momento Vanderlei Luxemburgo

O que mais Luxemburgo disse

Posicionamento do Rojas: "Não foi uma novidade escalar ele no meio de campo. Dentro do que planejamos de estratégia para esse jogos e aos próximos, não só o de terça, é equilibrar bem a equipe. Acho que ele deu um toque de bola, finalizou bastante. A entrada do Renato deu ainda mais toque de bola com qualidade."

Vitória sobre o Botafogo: "Valorizar bastante. Os jogadores responderam bem à estrategia que criamos, mas eles que proporcionaram essa vitória hoje. Tiveram a paciência de trabalhar a bola. Jogamos o adversário para trás com toque de bola. Valorizamos a posse. Faltou um pouco mais de contundência no terço final do campo, para tentar fazer mais um gol e decidir a partida. Dentro do que trabalhamos, a estratégia, foi tudo ótimo. Jogadores estão de parabéns, eles conquistaram a vitória."

Entrada de Wesley: "Entendo a cobrança de vocês, mas não posso me guiar por isso. Preciso entender a hora de colocar ou não. Ele melhorou bastante, mas precisa melhorar muito mais, para não fazer o desnecessário. Daqui a pouco, ele deixa a bola correr e fica numa condição de 1 contra 1, ele tem capacidade de fazer isso. Agora, ele tem só 18 anos. Ele tem que aprender um pouquinho mais."

Uso de Bruno Méndez: "É um jogador versátil que precisamos bastante hoje. E ele é extremamente intenso, que se entrega demais nos treinamentos. Em momento algum, ele não treina ou fica frouxo. Ele é pau para qualquer obra. Ele é profissional, está dentro do trabalho treinando muito, mesmo com contrato até o final do ano. Tomara que ele possa negociar para ficar aqui, que o Corinthians é um grande clube que quer grandes jogadores no elenco, assim como ele."

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Desempenho com um a mais: "Nós ganhamos jogando da maneira como tem que jogar. Não fomos verticais, e não tinha necessidade de ser assim. Trabalhamos a bola. O Botafogo não é o líder do campeonato de graça. Talvez seja o time com o meio-campo mais intenso, fora os jogadores de lado e com o Tiquinho (ou o Diego Costa, que entrou) no centro. É um time forte demais. A gente tinha que atacar e não ficar desprotegido. Jogamos bem nesses 75 minutos, talvez não nesse sentido de buscar o segundo gol."

Estar na primeira parte da tabela: "É uma posição que estávamos buscando faz tempo, mas foi o que se apresentou para nós. A gente estava na Libertadores e agora na Sul-Americana. A importância é não ir para a segunda divisão, e tentar buscar uma vaga na Libertadores. Foi o que eu disse desde o início."

Resultados recentes: "Jogamos contra o Grêmio. Grêmio é qual colocado? E o Palmeiras? O Fortaleza também está no grupo de cima. Botafogo, líder. Empatar com o Grêmio é ruim? Empatar com o Palmeiras é ruim? Vendo da parte de baixo tudo é ruim. Se nós tivéssemos na parte de cima, seria visto diferente."

Balanço da temporada até aqui: "Queria estar disputando uma vaga de Libertadores, estar na final da Copa do Brasil. Mas se eu perguntasse o que você queria, você diria que não quer ir para a segunda divisão. Na Copa do Brasil, você diria que quer chegar na final. Então nosso trabalho é promissor. Ninguém acreditava que a gente chegaria na semifinal da Copa do Brasil. Ninguém acreditava na virada contra o Atlético-MG. A gente faz o trabalho e as pessoas sempre cobram mais. A gente chega nas semis e cobram para chegar na final. Mas vamos lutar até o fim para chegar na final da Sul-Americana e brigar pela conquista."

Yuri Alberto: "Ele foi um dos melhores jogadores contra o Grêmio. Sustentou bastante. Fez um gol. Hoje não foi tão bem, mas acontece. Não posso pensar antes de terça-feira. Depois eu vejo o que vou fazer para substituir o Yuri."

Pressão: "A gente tem que ter muita tranquilidade, inclusive no momento de pressão, para tomar as decisões corretas. Cabe a nós essa função. Nesses momentos de mais pressão, é quando sou mais gelado. Mais tranquilo. Se a gente não tiver tranquilidade, não conseguimos enxergar o que deve ser feito como técnico."

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