Até quando? Flamengo acorda da ressaca e pensa na sucessão de Sampaoli
A perda do título da Copa do Brasil sacode o Flamengo e faz o clube pensar imediatamente na sucessão do técnico Jorge Sampaoli.
O que aconteceu
O clima de ressaca no Morumbi após o vice-campeonato diante do São Paulo era nítido entre jogadores e membros da diretoria.
A percepção, até mesmo reconhecida por Sampaoli, é a de que o time não absorveu o mundo ideal pregado pelo treinador -- embora a segunda partida da final da Copa do Brasil não tenha sido a pior das apresentações nos cinco meses de trabalho.
Nos bastidores, a discussão passa a ser não "se", mas "quando" Sampaoli deixará o comando. O timing para isso envolve o planejamento para as rodadas restantes do Brasileirão.
Tirar Sampaoli para simplesmente jogar o problema de forma interina no colo de Mário Jorge, técnico da sub-20, não é a preferência da cúpula do Flamengo. Neste ano, houve um período de transição com ele no qual o time perdeu por 2 a 0 para o Maringá, na Copa do Brasil, por exemplo.
Diferentemente de ocasiões anteriores, a diretoria ainda não se manifestou publicamente depois do jogo contra o São Paulo para bancar a permanência de Sampaoli a longo prazo. O técnico reforçou na coletiva que essa definição é prerrogativa do presidente Rodolfo Landim.
Os jogadores que falaram após a partida, como Gabigol e Everton Ribeiro, evitaram responsabilizar só o técnico pelo fracasso. Mas o camisa 10, especialmente, apontou deficiências coletivas no time.
Foco no que resta
O Flamengo volta a campo no sábado, para enfrentar o Bahia, no Maracanã, pelo Brasileirão.
O time perdeu o sexto título na temporada, o segundo sob o comando de Sampaoli. Ainda há 14 partidas a fazer na Série A e o Flamengo, em sétimo, no momento não está na zona de classificação para a Libertadores.
Sampaoli, independentemente se continuar ou não, apontou a necessidade de que o time seja mais constante. Na visão dele, o time tem "picos" durante a temporada. O presidente Landim tem sido um defensor do trabalho de Sampaoli.
Gabigol seguiu uma linha parecida com a do comandante, querendo afastar a oscilação da rotina rubro-negra.
A gente tem que tentar ao máximo vencer jogos para tentar chegar ao mais alto possível. Agora também o Botafogo está oscilando. É normal, são 38 rodadas. A gente tem que, como equipe, oscilar menos e o resultado vai ajudar bastante
Gabigol
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