Casares já quer renovar com Dorival, mas evita falar de reforços para 2024

Júlio Casares, presidente do São Paulo, manifestou o desejo de contar com o técnico Dorival Júnior além de seu contrato, que vai até dezembro de 2024.

"Na primeira oportunidade nós vamos sentar para tentar até esticar. Não só pela capacidade do Dorival. Se não tivesse ganho o título, seria a mesma coisa. Com o Rogério foi assim, o Rogério perdeu título e nós prorrogamos contrato. O São Paulo acredita na longevidade dos técnicos e o Dorival é maravilhoso, um estrategista. Mas o Lucas Silvestre, seu filho, o Pedrinho, o Celso, é uma comissão técnica que integrada com a nossa deu uma boa química. Nós queremos continuar essa integração com a base, e certamente nós vamos conversar já", disse o mandatário do São Paulo em entrevista ao programa Sportscenter, da ESPN.

O que mais Casares falou

Contratações para 2024: "Por enquanto, só o Erick. O reforço é primeiro segurar os jogadores, tentar trazer oportunidades pontuais de mercado que nos dê condição efetiva de compra. Não gostaria de dizer um número, mas vamos estar sempre atentos".

Atletas emprestados: "O Caio vai ser contratado, e o Michel Araújo temos mais um ano de empréstimo. Podemos exercer a compra mais para a frente".

Lucas Moura: "O Lucas eu sinto que está muito feliz, acho que a conquista ajuda muito o poder de decisão familiar. Sinto que a família está muito feliz, a Larissa que é a esposa, os filhos lindos que cantam o hino do São Paulo. O Lucas tem essa identidade. Nós vamos conversar agora, como foi a conversa lá atrás, com muita calma. Mas claro que uma conquista desse tamanho, e voltar para a Libertadores, é algo que pode ajudar muito. O torcedor tem que entender, nós faremos todo o possível para que o Lucas continue, mas sempre falando a verdade. Empenho não vai faltar, acho que vontade dele não vai faltar, e tem tudo para que a gente consiga continuar com ele pelo menos por mais uma temporada".

Planejamento para a próxima temporada: "Quando a gente olhava o São Paulo e não estava na Libertadores, dizíamos que há algo de errado. O São Paulo tem o DNA da Libertadores na sua vida. O São Paulo hoje é o primeiro classificado à Libertadores, esse objetivo foi alcançado. Claro que aumenta a responsabilidade, o quão possível é manter o elenco, reforçar. O Erick já vai ser integrado, está fazendo um grande trabalho, bom jogador. E vamos tentar, devagarzinho, fazer com que a gente se esforce para o Lucas continuar, se tiver uma venda pontual ter uma reposição à altura em seguida. Mas o que vejo com muito otimismo é que os reflexos já estão surgindo, mesmo na competitividade. Nós aumentamos sócios torcedores, aumentamos bilheteria, aumentamos premiação. Arrumamos um patrocínio antes do jogo final. E algumas novidades ainda virão. Porque o mercado enxerga o São Paulo como um protagonista não só dentro do campo, mas como em gestão eficiente e de resultados".

Calleri comemora título do São Paulo sobre o Flamengo na Copa do Brasil
Calleri comemora título do São Paulo sobre o Flamengo na Copa do Brasil Imagem: Ricardo Moreira/Getty Images

Calleri: "O Calleri realmente tem um incômodo no tornozelo, é algo que preocupa a ele e a todos nós. O departamento de fisioterapia e fisiologia do São Paulo trabalho muito bem com ele. Ele é um jogador extraordinário, um cara que luta, ele não queria ficar fora e nós também não queríamos. Foi feito um trabalho, um monitoramento, um tratamento muito grande para que ele concluísse esse campeonato. Agora vamos sentar com a equipe médica e ver que cronograma vai ser esse de uma cirurgia que muitos dizem que ele pode voltar em 30, 40 dias, não sei. Mas o principal ele conseguiu. Claro que temos que focar em dois jogos importantes agora, Coritiba e Corinthians, porque precisamos melhorar no Campeonato Brasileiro. Mas tínhamos ciência sim. Mas temos a ciência do jogador que ele é, da raça que ele tem. O Calleri já jogou com febre de 37, 38ºC. Ele é um exemplo. Então acreditamos que ele vai fazer esse reparo e logo estará de volta".

Dificuldade para fechar janela sem vendas: "Vieram propostas para três ou quatro jogadores. Nos últimos dias estávamos voltando de uma viagem e tinha sido colocado que o Welington estava indo embora. Não foi isso. Nós conversamos com vários clubes dizendo o seguinte: 'Pode ter interesse, podemos até tentar vender, mas queremos entregar depois'. Não queremos desfalcar o time. Falávamos para os jogadores: 'Deixa o legado esportivo, você vai ser valorizado, o clube também'. Aguentei toda a pressão financeira da entidade, que precisa fechar no azul".

Continua após a publicidade

Montagem do elenco campeão da Copa do Brasil: "Foi constatada uma necessidade de o São Paulo ter um coletivo muito grande. E para ter coletivo, você tem que ter peças que tenham intensidade, disposição física e desejo de ganhar. Quando trouxemos o Rafinha, teve gente que falou que era um cara velho, totalmente acabado. Quando trouxemos o Alisson, falavam que era um cara de um time que tinha caído. O Rafael, falaram que era mais do mesmo, mais um goleiro. O Caio, que teve um papel muito forte do Rogério Ceni assim como o Michel Araújo, era um jogador simples na visão de muita gente, que não tinha condição de somar. O David, outro grande jogador. Nós trouxemos muito atletas que têm essa característica de coletivo com intensidade. Claro que quando muda o técnico muda o esquema tático, o posicionamento. Mas o Rogério tinha a visão de que nós precisávamos desses atletas. Depois, conforme a condição, você vai tentando agregar ao elenco um diferencial. Quando há uma oportunidade financeira de mercado nós conseguimos o Lucas, o James. O próprio Alexandre Pato, que se recuperou aqui e contribui".

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.