Gol do título coroa Nestor após chateação com críticas: 'A família sofre'
José Antônio, pai de Rodrigo Nestor, conversou com o UOL ainda no gramado do Morumbi após o filho marcar o gol do título inédito da Copa do Brasil. Ele lembrou o início do meia e revelou que as críticas deixavam o atleta muito chateado.
Críticas doíam. "Já chegou a ter dia de ficar muito triste, chateado. Receber críticas não é fácil, você tem que ter um bom psicológico. Mas desistir jamais".
Suporte da família. "Futebol é assim. Hoje você está bem, mas nem todos os dias vai estar bem. Ele foi muito criticado pela torcida, só que tudo tem a hora certa. Foi para coroar tudo isso. A família sofre junto com o jogador, mas no final tudo dá certo. Tem que ter o suporte da família".
Conselho aos pais. "Sempre menino bem-educado, nunca deu trabalho. Nota 10, focado em tudo, estudioso. Nunca cobramos muito dele, deixamos jogar tranquilo, se tivesse que dar certo, bem, se não desse também. Nunca teve cobrança. Falo para os pais, o sonho da maioria é ser jogador, mas tem que deixar os filhos à vontade, jogar bola e não parar de estudar porque é essencial".
História de Nestor
Rodrigo Nestor deu seus primeiros chutes no futsal. Ele foi 'federado' aos seis anos pelo Olaria, da Cohab II de Itaquera. Anos depois, migrou para o Juventus da Mooca e levou o prêmio Tênis de Ouro no sub-11.
Nestor ficou no Juventus até os 12 anos e venceu uma final em cima do Corinthians, quando chamou atenção do clube. Ele fez teste no Timão, mas foi rejeitado.
Nestor começou com 5 anos. Como eu precisava trabalhar muito, minha esposa dava esse suporte. Mudei para Jundiaí e vínhamos duas vezes por semana para treinamentos. Ele fez seis meses de teste no Corinthians e foi reprovado. Ficou jogando salão no Juventus e um olheiro do São Paulo convidou para fazer testes em Cotia. Foi aprovado com 11 pra 12 anos. Ficou até os 18, ganhou vários títulos, subiu ao profissional e agora conquistou esse título maravilhoso. José Antônio, pai de Nestor
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