Clima azeda após briga por Conselho e Landim racha com velho aliado no Fla
A eleição para vice-presidente do Conselho de Administração do Flamengo gerou uma discussão no último fim de semana entre o presidente do órgão, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e o presidente do clube, Rodolfo Landim, aumentando ainda mais o racha político do clube.
O que aconteceu
A eleição foi convocada após a renúncia do então vice-presidente do Conselho de Administração, Theofilo Miguel.
A chapa roxa, capitaneada por Landim, reclama que Bap não teria informado com antecedência sobre a renúncia de seu vice.
Landim e seus pares alegam que só tomaram conhecimento da renúncia quando foi publicado o edital para a obtenção e apresentação das certidões negativas dos candidatos, faltando apenas três dias para o prazo, o que dificultou a inscrição dos postulantes.
Mesmo assim, o único que conseguiu obter as certidões foi Bernardo Amaral, indicado justamente por Rodolfo Landim.
A Comissão Eleitoral do Conselho, porém, emitiu um parecer na semana passada vetando a participação de Bernardo Amaral alegando que o mesmo não poderia concorrer em função de já ter sido presidente do órgão. O presidente do Flamengo ainda tentou reverter a decisão, mas não conseguiu, e Amaral retirou a candidatura.
O conselheiro Emílio Habibe, indicado por Baptista, foi o único candidato diante de todo o imbróglio.
O UOL apurou que a discussão entre Rodolfo Landim e Bap aconteceu na presença de testemunhas, e o motivo foi justamente esta situação, algo que aumentou ainda mais o racha político rubro-negro.
Bap era um antigo aliado de Rodolfo Landim e foi peça importante para eleger o atual presidente do Flamengo. A relação já não andava em um bom momento, mas agora a corda esticou de vez. O UOL tentou contato com ambos, mas não teve resposta.
Com o racha, o tabuleiro político-eleitoral rubro-negro tende a se mexer. A eleição para presidente do Rubro-Negro acontecerá somente ano que vem, mas já tem agitado os bastidores políticos do clube.
Bap tem intenção de se candidatar à presidência, mas Rodrigo Dunshee, vice jurídico e geral do Rubro-negro, também mira o cargo. Ambos desejam ter o apoio formal de Landim e não há nenhum indício de possibilidade de composição.
Clima quente também no Deliberativo
O clima político já havia ficado quente no Flamengo há duas semanas, quando duas emendas foram colocadas em votação e geraram muito bate-boca, gritaria e denúncias de irregularidades, resultando até mesmo na suspensão da sessão.
Na ocasião, a discussão aconteceu entre o grupo de situação e o grupo de oposição, encabeçado pelo ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Depois de muita polêmica, os conselheiros responsáveis pela emenda mais polêmica a retiraram de pauta, dando fim ao imbróglio.