Barcelona é indiciado por suborno após pagamentos feitos a ex-árbitro
O Barcelona terá que responder à Justiça da Espanha por crime de suborno ativo. O clube foi indiciado hoje (28) por causa do "Caso Negreira".
O que aconteceu
Além do Barcelona em si, Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, ex-presidentes do clube, foram indiciados. O ex-árbitro José María Enríquez Negreira e seu filho também estão incluídos.
A Guarda Civil da Espanha esteve na sede da Real Federação Espanhola para recolher documentos relacionados ao caso.
O principal objetivo da ação da Guarda Civil é encontrar as atas das reuniões do Comitê de Árbitros que contaram com a participação de Negreira. Ele foi vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros (CTA) da Espanha entre 1994 e 2018.
Por dedução lógica os pagamentos realizados pelo Barcelona satisfaziam os interesses do clube. O crime de suborno se consumou com a realização do pagamento, demonstrada ou não a corrupção sistêmica da arbitragem espanhola por conta de tais pagamentos. Trecho da decisão do juiz Joaquin Aguirre
O que é o Caso Negreira?
Segundo a Procuradoria de Barcelona, o Barça realizou pagamentos que totalizaram R$ 7,6 milhões a um empresa de Negreira entre 2016 e 2018.
Desta quantia, R$ 2,9 milhões foram enviados em 2016, R$ 3 milhões em 2017 e R$ 1,7 milhões em 2018. Tudo começou após uma inspeção fiscal feita na empresa do ex-vice-presidente do CTA da Espanha.
Em entrevista à rádio "Cadena SER", Negreira negou que tenha recebido os valores para favorecer o Barcelona ou algo do tipo. Ele afirmou que a quantia correspondia a pagamentos por assessorias dadas aos jogadores a respeito de regras sobre o comportamento com árbitros.
Por outro lado, a empresa nunca mostrou nenhum tipo de documento que comprovasse tal assessoria. Bartomeu, ex-presidente do Barça, já afirmou que os relatórios existiam desde 2003 e que parou de efetuar os pagamentos para "cortes de despesas".
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