Interino do Fla evita Sampaoli e despista sobre futuro: 'Sou funcionário'
O técnico interino do Flamengo, Mário Jorge, evitou falar sobre Jorge Sampaoli na entrevista coletiva pós-vitória sobre o Bahia. Treinador do sub-20, ele aguarda a decisão da diretoria para ver se continua trabalhando durante a semana — Tite negocia com o clube, mas ainda há entraves nas conversas.
Planejamento da semana. "Amanhã estamos de folga e, de segunda-feira em diante, a direção vai tocar o planejamento para o jogo do Corinthians — estando Mário Jorge ou não. Sou funcionário do clube e, se me chamarem, estou lá."
Relação com jogadores. "A recepção foi muito boa, a gente já tinha tido um contato anterior. Durante a semana, na base, tenho acesso direto e encontro eles diariamente. Foi muito legal a recepção, eles passaram por um momento muito difícil na Copa do Brasil. A relação de cumprimentar atleta que está saindo é porque ninguém gosta de ser substituído, o carinho é mútuo. É uma característica minha, sempre faço isso na base. Sei que o cara que está saindo não está feliz, então a gente tenta quebrar um pouco isso com carinho."
Sampaoli não usava a base? Haverá espaço? "Pergunta complicada. Tendo tempo, vamos dar oportunidade para todos, não só para a base. Há jogadores pedindo oportunidade. [...] Muitos garotos do sub-20, com essa engrenagem funcionando bem, podem entregar performance. Wesley, Victor Hugo e Matheus França subiram e jogaram. Eles são mergulhados na parte competitiva desde muito pequenos. Em um momento desse, conseguem passar com mais tranquilidade. Vão atuar em altíssimo nível? Não sei, porque são garotos."
Classificação e jogos
Raio-x da vitória. "Tivemos uma condição bacana de circulação de bola, mas poderíamos ter aproveitado melhor para concluir as jogadas, tanto pelo lado quanto com finalizações de longe. Nosso preenchimento de área não foi legal, diagnosticamos isso no 1° tempo, mas agora temos uma semana de trabalho para corrigir isso."
Resgate de Ayrton Lucas. "A gente vai tentar, em pouco tempo, resgatar não só o Ayrton, mas todos os jogadores. A gente acredita que, alinhando características de cada um deles e tentando colocá-los próximos de onde eles podem render mais, podemos ter uma coletividade mais forte. É isso que vamos fazer."
Conhecimento do Flamengo. "A gente tem um processo muito bacana e alinhado com os profissionais da base, que ficam perto do profissional, assim não temos tanta preocupação por não ter conhecimento do caso. Isso aconteceu com Zé Ricardo, Maurício... isso acabou colocando os dois no mercado do futebol. É uma coisa que vejo com naturalidade."
Dores de Pedro e Bruno Henrique. "O Pedro, na cobrança do pênalti, sentiu um incômodo no adutor, já veio direto no banco e falou sobre o incômodo. Pediu para fazer alguma coisa, voltou e não teve resposta imediata. O Bruno sentiu um incômodo na ponta do pé, não é nada muito grave. Isso dói e incomoda para correr. Ele pediu para sair para ser preservado."
Escolha dos titulares. "A gente, por não ter tido tempo de fazer sessão de treino, foi coerente em tentar manter o que foi feito na Copa do Brasil. Ajustamos alguns comportamentos que achávamos pertinentes para este jogo. Agora, é trabalhar para construir alguma coisa se a gente estiver lá. O trabalho da escalação é da nossa comissão. A gente escuta todo mundo para tomar a melhor decisão."
Confiança de Pedro. "Não só ele, é tentar resgatar o brilho nos olhos dos jogadores. Não quer dizer que não vi, mas é despertar a gana de vencer de novo. Eles passara mpor baques durante toda a temporada, então a confiança pode estar trincada. Perdemos muitas competições durante a temporada, É tentar estabelecer um ambiente saudável para que todos consigam evoluir."
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