Lage tenta driblar mau desempenho com elogios à torcida do Botafogo

O técnico Bruno Lage disparou elogios à torcida do Botafogo e minimizou as vaias recebidas após o empate por 1 a 1 com o Goiás. Ele adotou o tom conciliador com o Alvinegro chegando à quinta partida seguida sem vencer.

Mensagem para os torcedores: "Minha 1ª mensagem é para os torcedores. Neste dia nos apoiaram, hoje numa segunda de chuva, à noite noite, voltaram a encher o estádio e apoiaram o time do início ao fim. A minha gratidão, falo em nome de todos, que independentemente de não conseguirmos os 3 pontos, estiveram apoiando".

Agradecimento especial: "Falo sempre no sentimento de família que se vive aqui, é isso que quero deixar para eles, agradecimento pelo apoio. Em especial ao adeptos, conquistamos um ponto, queríamos três, mas a palavra é para eles pelo apoio".

Aplausos para arquibancada: "Torcida pode vaiar quem entender, estou a agradecer o fato [de terem apoiado]. Não tenho dupla cara, não sou hipócrita, foi meu agradecimento por terem apoiado a equipe. Depois, como queiram tratar, é indiferente, referia que fosse em situação, mas para isso temos que conseguir resultados. Vida de treinador é muita essa".

Gritos de burro: "Quem também chamaram dos nomes que chamaram. Também faz parte dessa profissão, não me sentisse confortável, tinha ficado a treinar os meninos de 9 anos. Não tem problema nenhum, torcedor tem sempre razão, apoio a equipe. Isso é mais que suficiente. Estádio cheio e com o enorme apoio da torcida aos jogadores, que é o mais importante".

O que aconteceu

O Botafogo ficou só no empate com o Goiás no Nilton Santos, pela 25ª rodada do Brasileirão. O time da casa saiu atrás no placar, mas igualou com Tiquinho Soares — que saiu do banco de reservas no intervalo.

O Alvinegro manteve a distância na ponta, mas tropeçou mais uma vez. O líder tem 52 pontos, mas abriria nove de vantagem para o Bragantino, que chegou aos 45 e assumiu a segunda posição no final de semana, se tivesse vencido.

A equipe passa por uma má fase na temporada. O time está há cinco jogos sem vencer e vê a oscilação acontecer na reta final do ano.

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Bruno Lage foi vaiado antes, durante e depois da partida. Ele preferiu destacar o apoio da torcida aos jogadores e deixou o gramado aplaudindo os mais de 34 mil torcedores que foram assistir ao jogo.

O que mais Bruno Lage disse na coletiva

Confiança no título: "Tem que ser sempre máxima, e continuar a trabalhar. Cada jogo é oportunidade de voltar a ganhar. Confiança total, vejo que tenho entrega dos jogadores. Na hora dos jogos é que temos que mostrar toda nossa categoria e profissionalismo. continuar focados, a trabalhar e perceber que no final eles fazem as contas. Estou completamente confiante, grupo unido. Há um título para vencer, temos que combater adversidade, pressão, estou do lado para terem confiança para jogar".

Obrigação da vitória: "Tínhamos a obrigação dos 3 pontos. Em casa, tínhamos obrigação mais que suficiente nas oportunidades que criamos de ter um outro resultado".

Diego Costa titular: "Natural questionar opção, mas temos nossa 1ª bola de chance de gol com Diego, é um jogador. Não substituímos Tiquinho por um jogador qualquer, foi por um experiente, campeão brasileiro, jogador de Premier League. Resultado dessa alteração foi em função de tudo".

Fase do artilheiro: "Tiquinho tem sido um dos mais importantes do ano, tem feito os gols, mas o próprio jogador vem de uma lesão difícil, quase bateu o recorde de recuperação para voltar a estar disponível. Na minha opinião, nos últimos jogos não foi o Tiquinho que víamos até a lesão".

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Dupla no ataque: "Treinamos muito os dois juntos, tomamos a opção de colocar Diego na frente, mas tem sempre essa opção de jogar os dois juntos. Nada de tirar mérito ao Tiquinho, foi opção. Diego está com três amarelos, próximo jogo não joga. Temos que reencontrar as funções para conquistar pontos".

Velocidade e espaços: "Jogo do Botafogo é de muita velocidade. No 2º turno, os adversários percebem que se nos derem transição ofensiva, estão com muitos problemas. Não posso estar dentro da área adversária quando tem 11 homens à frente da área e não nos dão espaço".

Análise do jogo: "Sentimos isso na 1ª etapa, o espaço nas costas do adversário está nas nossas. Vamos ver as oportunidades que criamos. Temos gente com capacidade para não permitir o gol no 1º pau. Equipe soube reagir, criamos oportunidades mais que suficientes. Fica um enorme capacidade de estarmos a trabalhar para crescermos".

Tchê Tchê na lateral: "Ele não me disse nada disso [que não fica confortável na função], pelo contrário. Quando falamos dessa possibilidade, garantiu que pode jogar em qualquer posição. Na minha opinião, foi o nosso melhor jogador da noite".

Ferida antiga: "Quando você fez essa pesquisa do Benfica [perdendo o título para o Porto], não falou quando o Porto tinha sete e fomos campeões, no ano anterior. Faça essa pesquisa, veja como cheguei ao Benfica, o que fizemos para vencer, e depois todo um contexto de situação de Covid. Benfica sem a torcida não é a mesma coisa. Por isso agradeço sempre o apoio do torcedor, sei o que é jogar sem".

Futuro: "Não é com palavras , é com trabalho. Quando surgiu a ideia de abrir a porta do treino ao torcedor, puderam ver a equipe trabalhando. Situações, intensidade, fazer esse trabalho com muita confiança".

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Pressão no líder: "Pressão no Botafogo surge em função de estar na posição e com pontos de vantagem".

Troca no cargo: "Essa pessoa, antes de chegar a essa sequência de vitórias, teve algumas derrotas. Quem nos garante que sem uma troca no comando, provocada por uma proposta vantajosa, haveria 100% de vitórias [em casa]? Já houve algum campeão do Brasileiro com 100% de vitórias em casa? Sempre alertei para não comparar o percurso dos anteriores com o do Bruno, tem que ser visto o do Botafogo. Todas as equipes passam por um período desse. Mesmo nessa rodada, tirando o Bragantino, os da ponta não conquistaram muitos pontos".

Altos e baixos: "Que seja um baixo que no final vejamos uma equipe sempre a subir e terminar em uma posição final. Continuar a trabalhar de forma série, encontrar soluções para a equipe ser estável, pressionar, e conseguir criar oportunidades. Isso é nosso objetivo

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