Gabriel Jesus desiste de ser só 9 e amplia briga por espaço na seleção

Depois de duas Copas do Mundo na função de camisa 9, o atacante Gabriel Jesus mudou o jeito com o qual se vê na disputa por um espaço no ataque do Brasil. Ele agora se coloca como candidato a todos os setores do ataque. Isso gera reflexo no papel dele no Arsenal e nos planos do técnico Fernando Diniz.

"Eu venho fazendo muitas funções no Arsenal. Óbvio que, quando optei em me transferir do City para o Arsenal, Edu e o Arteta conversaram comigo e deixei bem claro de que eu queria jogar de nove. A ideia do Arsenal era essa. Nessa temporada, está sendo diferente. Tivemos algumas lesões. Dos últimos quatro jogos, joguei três de ponta e um de 9. Acredito que isso seja muito bom para mim. Por muito tempo fiquei na cabeça que queria jogar de 9. Mas estou ali para ajudar o time. Sou abençoado por Deus por ter me concedido esse talento e essa versatilidade de jogar nas três posições ali na frente. Prefiro não ficar escolhendo e estar ali para ajudar", disse o atacante, em coletiva no primeiro dia da seleção em Cuiabá, para o jogo contra a Venezuela, nas Eliminatórias.

E a movimentação como 9, fazendo o "facão" para receber a bola no espaço? "Eu no Palmeiras eu fazia bastante isso, quando comecei a jogar mais centralizado. Jogava muito solto, fazendo muito facão. O Diniz, a primeira coisa que me falou na outra convocação foi que queria ver o Gabriel do Palmeiras, do City. Quando joguei com o Agüero, eu que fazia mais. No Arsenal, estou solto também, trocando com o Martinelli (na esquerda). Mas lá é um jogo mais controlado, outra parada. Mas a gente acompanha o trabalho do Diniz e não é à toa que está na final da Libertadores".

'Alô, mãe' ainda rola? "Normal viver alguns ciclos. Hoje estou no de pai e esposo. Estou me sentindo muito bem, feliz e realizado. Minha mãe vai ser sempre minha mãe, minha rainha, que me colocou no mundo, cuidou e tem grande parcela no homem que eu sou. Mas estou no ciclo de casado e muito feliz. Minha mãe manda mensagem, a gente sempre se fala, mas é normal esse distanciamento um pouco, mas ela dá bronca, sim".

Quem são os convocados no ataque da seleção?

Rodrygo (Real Madrid), Vinicius Junior (Real Madrid), Gabriel Jesus (Arsenal), Richarlison (Tottenham), David Neres (Benfica) e Matheus Cunha (Wolverhampton)

Outras respostas de Gabriel Jesus

Jogo em Cuiabá

"Feliz de estar aqui. Acho importante, o Brasil é gigante, tem torcedores em todo lado. Jogar em cada estado é bom, a torcida vem apoia a gente. Estamos muito felizes de estar aqui. Espero contribuir dentro de campo".

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Terceiro ciclo sendo jovem ainda

"Eu aprendi que não tem tempo para lamentar e nem para aproveitar demais. Toda vez que vem para seleção você tem que demonstrar, não importa se jogou bem ou fez gol, mas tem que repetir. Isso é alto nível. Se almeja conquistar grandes coisas, chegar na seleção e se manter? Venho evoluindo como pessoa e como jogador. Prefiro não ficar falando sobre minha posição, mas ajudar onde o treinador escolher".

Vini

"Vem mostrando nesses anos o quão bom jogador ele é, o quão importante ele é para o Real Madrid e para a seleção. Fico feliz com a evolução dele É um menino.. posso chamar ele de menino, sou menino também. Ele transmite alegria. É bom que ele esteja de volta à seleção. No Real Madrid, voltou fazendo gol, ajudando a ganhar jogos. Sobre a ausência no The Beste, prefiro não falar sobre premiações, a minha opinião não vai resultar em nada".

Treta com Ederson no último Arsenal x City

"Dentro de campo é normal. Passamos muito tempo no City, fomos felizes, ele sabe o carinho que tenho por ele. Dentro de campo, é sempre defendendo o meu. Dentro de campo, ele me deu um empurrão, mas depois é normal, a gente vem junto, conversando".

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Mais sobre os ciclos na seleção

"Foram ciclos diferentes. Cheguei junto com a comissão nova, o Tite, e jogadores novos. A gente saiu da sexta colocação e terminamos como primeiro. Foi muito bom. Chegamos à Copa com algumas lesões. Depois, o ciclo completo. Fomos bem novamente. Neste, totalmente diferente. Toda hora com jogadores novos, mas isso é Brasil. É difícil chegar e se manter é mais difícil ainda."

Lesões

"Tive algumas, a mais grave na Copa, no meu joelho. Acabei me lesionando, não sei como foi, mas fiz a cirurgia. Voltei das férias, o meu joelho começou a doer de novo. Tive que abrir para tirar isso e voltar mais rápido. Hoje, me encontro bem melhor. Joguei 90 minutos nos últimos três jogos do Arsenal, em uma semana. Estou bem fisicamente. E mentalmente, desde que passei a olhar para o meu sonho sem olhar o extra, estou muito bem".

Ambiente

"O ambiente na seleção sempre foi muito bom, todo mundo muito parceiro, receptivo. Isso não muda, desde a primeira convocação até hoje".

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