OPINIÃO
Ex-presidente do Palmeiras admite erro em rescisão com a Samsung em 2010
Colaboração para o UOL, em Rio Claro (SP)
12/10/2023 16h10Atualizada em 12/10/2023 23h21
Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras, participou do De Primeira e disse que errou ao rescindir com a Samsung durante sua gestão, em 2010. Na época, o Palmeiras rompeu o contrato de maneira unilateral para assinar com a Fiat e não pagou a multa rescisória com a empresa sul-coreana — que hoje está em cerca de R$ 50 milhões.
Erro em busca de vantagem: "Foi um erro tentando conseguir uma vantagem. A promessa de patrocínio da Fiat era maior e além disso havia o compromisso que a Fiat pagaria a multa rescisória da Samsung. Cometi um erro, como cometi vários, não foi só esse".
Lista de erros: "Cometi vários erros na presidência do Palmeiras, posso até fazer uma lista. Cometi o erro de não ter sido prudente na negociação. Fui culpado sim e reconheço essa culpa. Claro que quero ver o que vá acontecer nos tribunais superiores, pode ser que a coisa não ande..."
Dívida milionária
O Palmeiras rescindiu unilateralmente o contrato de patrocínio com a Samsung em 2010 para fechar com a Fiat. O valor da multa rescisória nunca foi pago.
A decisão foi tomada no mandato de Belluzo. Ele esteve no cargo máximo do Alviverde de janeiro 2009 ao final de 2010.
O caso está na última etapa da Justiça e deve ter um desfecho em breve. Pessimista, o clube estuda formas de negociar o valor.
Confira outros trechos da entrevista com Belluzo
Declarações de Leila Pereira
"Todas as dificuldades que enfrentamos, conseguimos superá-las. Conseguimos, sobretudo, porque nos momentos mais agudos os palmeirenses se concentraram, se reuniram, dialogaram. Grandes palmeirenses reconheceram a condição limitada de cada um, e nesses reconhecimentos e nesses avanços conseguimos trazer o Palmeiras até onde ele está. Palmeiras não foi inventado em 2014, ele foi criado em 1914. A percepção ao reconhecimento dessa circunstância na verdade não pode deixar de orientar as decisões e companheirismo de relações de um clube grande e vitorioso".
Entrevista indevida
"A Leila Pereira é uma funcionária que está lá provisoriamente e que deu uma entrevista indevida eu diria ela foi infeliz da maneira de se portar".
Cargo de presidente
"O que me deixa aborrecido nessa história é que nós estamos caminhando para um padrão cultural de relação com o clube, de eleger, digamos, pessoas formidáveis. Elas, na verdade, são... O presidente é um alto funcionário do clube. O presidente não é uma personalidade, vocês entenderam? É um alto funcionário do clube. Quando começa a se considerar isso, e não é fácil resistir, você tem episódios como esses".
Preparo para a função
"Isso é futebol, isso é Palmeiras, se você não tem preparo, não tem condições, digamos, psicológicas, de modéstia, de saber que você é um entre outros. Se você não sabe isso e acha que você é presidente... E ela não é a única, não vou falar em outros nomes, o que nós temos que olhar é o serviço que se presta para o clube porque eu já disse: o presidente é um funcionário. Um alto funcionário do clube, ele não é melhor que ninguém".
Vandalismo contra Crefisa
"O vandalismo não se justifica de maneira nenhuma. Porém, a torcida tem formas de manifestação. Por exemplo, quando eu tomei a decisão, eu tomei, muitos de nós, inclusive alguns que já morreram e dos quais eu tenho saudade, caminharam na direção de fazer o acordo com a Parmalat, o que aconteceu no meu carro, inclusive, nos muros do Palmeiras?"
Embate de Leila com conselheiros
"Os conselheiros têm todo o direito de pedir, de questionar a questão do avião. Todo o direito. E, na verdade, ela não pode... A prática usual no Palmeiras era dar o ingresso para todos os conselheiros. Ela não pode usar isso como uma forma de discriminação, de retaliação".
WTorre sem pagar o Palmeiras
"Se você olhar a escritura, ela é a favor do Palmeiras, mas ela tem um problema. A WTorre deixou de pagar? Sim, deixou. Por quê? Porque introduziram um processo de arbitragem, que não terminou. Meu amigo Walfrido Warde, por exemplo, diz que enquanto estiver prevalecendo a arbitragem não tem que pagar nada. Palmeiras tem direito a receber e ela [WTorre] tem que acumular hoje, mas não está sendo pago por conta da arbitragem. Enquanto não solucionar a arbitragem não há porque a WTorre pagar. Esse é o problema. Não sei quem está assessorando a Leila nesse caso, mas precisa explicar que ela entrou com uma ação de apropriação indébita contra a Real Arenas".
Assista ao De Primeira na íntegra
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL