Nobre, Mancha e Belluzzo: Leila manda recados em coletiva no Palmeiras
A entrevista coletiva de ontem de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, foi marcada por uma série de indiretas. O UOL explicou algumas frases.
Paulo Nobre
Desafeto de Leila, o ex-presidente foi alvo indireto da dirigente. Ela falou sobre os futuros patrocínios do clube e citou a Black Star como exemplo negativo.
Temos contrato até dezembro de 2024, e vamos honrar religiosamente até o final. Eu vou ser candidata à reeleição, e aí se o associado continuar confiando no meu trabalho, terei o maior prazer de continuar patrocinando o clube. Nós vamos fazer uma concorrência desde que seja uma empresa que exista, e não a Black Star, e que ofereça algo sério e de verdade Leila Pereira
O caso remete às vésperas da eleição do clube em 2018, quando o então candidato oposicionista Genaro Marinho levou ao clube uma proposta de patrocínio da Black Star, que prometia pagar, à vista, US$ 250 milhões (cerca de R$ 1 bilhão na época) por um acordo de dez anos.
A Black Star era representada no Brasil pelo empresário Rubnei Quícoli — levado aos bastidores Palmeiras justamente por Paulo Nobre. Maurício Galiotte, logo depois de ser eleito, encerrou negociações com a companhia acusando a empresa de ter apresentado garantias bancárias falsas.
O episódio rendeu punição a Nobre, que renunciou ao cargo de conselheiro vitalício do clube.
Mancha Verde
A declaração de Leila envolvendo a principal organizada do Palmeiras foi mais direta. Ela condenou os recentes protestos da Mancha.
Nós já colocamos mais de R$ 1,2 bilhão no clube. Eu fiz isso porque sabíamos que conseguiríamos reerguer o Palmeiras. Não é tocando bumbo na porta do CT e no estádio que vou contratar jogadores. É com investimento, trabalho duro e transparente. [...] O torcedor organizado não se importa com o Palmeiras, querem saber deles. Se gostassem do Palmeiras, não iam vandalizar o muro do clube Leila Pereira
Luiz Gonzaga Belluzzo
Outro ex-presidente do Palmeiras foi alvo da dirigente: Luiz Gonzaga Belluzzo, que comandou o clube entre 2009 e 2011.
O economista optou por rescindir com a Samsung e fechar com a Fiat para ser a maior patrocinadora do Palmeiras na época.
O caso foi para a Justiça e acabou com condenação para o alviverde, que já acumula uma dívida que beira os R$ 50 milhões.
Isso que me dói que, em um clube de futebol, o gestor tinha que ser responsabilizado por atos de sua gestão e isso não acontece. É por isso que a maioria dos clubes está em situações catastróficas. Esse caso da Samsung está beirando os R$ 50 milhões, já perdemos em primeira e em segunda instância porque o contrato foi rescindido antes do tempo, mas vamos tentar, pelo menos, diminuir esse valor nos tribunais superiores. Continua a briga jurídica, mas estamos tentando um acordo Leila Pereira
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