Diniz aponta os 3 pecados da seleção no primeiro tropeço nas Eliminatórias
O técnico Fernando Diniz reconheceu que o Brasil ficou devendo no empate com a Venezuela, pelas Eliminatórias. Ele mesmo apontou quais foram os pecados da seleção no jogo que terminou em 1 a 1 e foi o primeiro tropeço nas Eliminatórias.
Dois tiveram mais destaque na descrição do treinador, embora, no geral, ele tenha dito que o Brasil não jogou mal e criou possibilidades para liquidar o jogo.
Pecado 1: conclusão das jogadas
A gente criou chances para fazer o segundo, terceiro, quarto
Fernando Diniz
O lamento de Diniz se dá em dois contextos do jogo. No primeiro tempo, o Brasil sufocou mais a Venezuela. O jogo se concentrou pelo lado esquerdo e o time teve oportunidades em chutes de fora da área. O goleiro adversário trabalhou em pelo menos duas ocasiões relevantes.
No segundo tempo, mesmo depois de abrir o placar, o Brasil teve espaço para ampliar. Mas errou em algumas decisões e passes cruciais.
É difícil jogar contra times muito recuados. Mas o volume que a gente teve, com a qualidade que a gente tem, o normal era aproveitar as chances e não conseguimos
Pecado 2: falha na marcação
A gente cedeu contra-ataques que não deveria. No gol da Venezuela, principalmente, a gente falhou no que não deveria. Poderia ter ajustado a marcação e não oferecer a chance de o jogador finalizar
A descrição de Diniz diz respeito ao enredo do jogo no segundo tempo. Não que o goleiro Ederson tenha trabalhado muito, mas o bonito gol de Bello estragou a noite brasileira.
Na origem da jogada, um combate de pouca aproximação de Gerson. Depois, houve espaço para o cruzamento no setor em que Arana cobria. Na área, para completar, Bello conseguiu a puxeta sem que nenhum dos dois zagueiros o pressionasse.
A seleção teve mais controle, mas falhou nesse lance. A gente poderia ter evitado com certa facilidade
Pecado 3: Time espaçado
O terceiro pecado contribuiu para o segundo, mais relevante, e teve influência do clima na noite de Cuiabá.
No segundo tempo, o time ficou mais espaçado, muito calor. Obviamente, em alguns momentos os jogadores sentem o calor e, em alguns lances, dificuldades do próprio campo
A descompactação do time na etapa final era um contexto que fazia a corda esticar ainda mais no meio-campo. Até por isso, Diniz substituiu os dois volantes, Casemiro e Bruno Guimarães, ao perceber a dificuldade nesse vaivém. Mas a responsabilidade pela compactação também passa pela turma do ataque, que foi perdendo o fôlego.
Nas mudanças que a gente fez, o time estava sentindo o calor, estava mais espaçado. A gente estava tendo as chances de fazer gols em contra-ataque. Quando não fazia, estava parando na frente e ficando descompactado
O que vem por aí?
O Brasil enfrenta o Uruguai, terça-feira (17), em Montevidéu. Em tese, será um time que sairá mais para o jogo, na comparação com a Venezuela. Como empatou, o Brasil agora está em segundo, com sete pontos, dois atrás da líder Argentina.
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