Diniz reprova pipoca arremessada em Neymar: "É até desrespeito"

O técnico Fernandi Diniz reprovou o arremesso de pipoca em Neymar. Após o empate do Brasil por 1 a 1 sobre a Venezuela, um torcedor atirou um pacote e enfureceu o craque da seleção.

Eu reprovo completamente. Se o torcedor quer xingar, vaiar, tudo bem. Mas arremessar um pacote de pipoca não agrega em nada para ninguém. É até desrespeito com quem veio jogar e tentou fazer o melhor possível

Fernando Diniz

O treinador ressaltou a falta de capricho para finalizar as jogadas e disse que o Brasil criou chances para fazer três ou mais gols contra um adversário que jogou fechado:

"A gente criou chances para fazer o segundo, terceiro, quarto. E a gente não fez. E a gente cedeu contra-ataques que não deveria".

O que mais Diniz falou

Dificuldades do Brasil

"A gente pecou em dois aspectos principais. No término das jogadas. Não achei que o time jogou mal. A gente criou chances para fazer o segundo, terceiro, quarto. E a gente não fez. E a gente cedeu contra-ataques que não deveria. No gol da Venezuela, principalmente, a gente falhou no que não deveria. Poderia ter ajustado a marcação e não oferecer a chance de o jogador finalizar. Não acho que a equipe fez uma partida ruim. A gente terminou mal algumas jogadas. No segundo tempo, o time ficou mais espaçado, muito calor. Obviamente, em alguns momentos os jogadores sentem o calor e, em alguns lances, dificuldades do próprio campo".

Só bola parada?

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"A gente teve outras possibilidades de fazer gol. O jogo se desenhou para a gente jogar mais pelos lados. Jogamos prioritariamente pelo lado esquerdo e com chutes de fora da área. A gente fez o goleiro deles trabalhar. É difícil jogar contra times muito recuados. Mas o volume que a gente teve, com a qualidade que a gente tem, o normal era aproveitar as chances e não conseguimos. Ficamos vulneráveis com 1 a 0 no placar, eles tiveram felicidade de aproveitar essa chance e foi isso que produziram. Empataram o jogo".

Troca no meio

"Nas mudanças que a gente fez, o time estava sentindo o calor, estava mais espaçado. Todos os jogadores treinaram muito bem. Como tinha só mais uma parada, resolvi fazer as três substituições. A gente estava tendo as chances de fazer gols em contra-ataque. Quando não fazia, estava parando na frente e ficando descompactado. A gente teve controle quando os três entraram, mas falhamos nesse lance pontual. Casemiro pediu para sair porque tinha uma pancada no tornozelo. E não achei que o time ficou desguarnecido. Teve mais controle, mas falhou nesse lance. A gente poderia ter evitado com certa facilidade".

Time adversário atrás

"Existe uma tendência do time do Uruguai ser mais agressivo lá, como o Peru foi diferente da Bolívia. A tendência é não ter linhas tão baixas. A gente tem que estar preparado para qualquer situação".

Primeiro teste por vir

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"Não dá para ficar fazendo previsão. A gente tem que estar preparado para todos os cenários. Existe uma tendência de que o Uruguai, até pela maneira com a qual o seu treinador gosta que o time jogue, de ser mais agressivo e marque mais adiantado. Tente propor mais o jogo. É uma previsão, mas a gente não sabe o que vai acontecer no jogo".

Gramado

"Faz parte do contexto. Não vamos desviar para o campo, dizer que foi o principal. Obviamente o campo que eles estão acostumados a jogar é diferente do que a gente teve. E soma isso ao calor. São dois fatores que acabam contribuindo para um adversário que quer marcar. Mas não dá para colocar a culpa do empate no campo e no calor. Tivemos mais chances e o gol que eles fizeram era evitável".

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