Por que o Manchester United não foi vendido por R$40 bilhões de reais
Colaboração para o UOL, em São Paulo
15/10/2023 12h33Atualizada em 16/10/2023 18h51
Os donos do Manchester United recusaram ontem (14), uma proposta que chegaria a 8 bilhões de dólares (R$40 bilhões de reais na cotação atual) para vender o clube, segundo Fabrizio Romano.
O que aconteceu
O Sheik Jassim bin Hamad bin Al-Thani, ligada à família real do Catar, ofereceu um pacote que chegaria a 40 bilhões de reais para comprar o Manchester United, mas teve sua proposta recusada.
O Sheik foi o único interessado que propôs comprar 100% do clube, mas desistiu do negócio após ter a proposta recusada.
Para chegar ao valor de R$40 bilhões, Jassim pretendia liquidar todas as dívidas antigas, sem criar novos débitos no clube.
Segundo o jornalista, o Sheik pretendia adicionar 1,5 bilhão de dólares (R$5 bilhões) ao clube. Esse dinheiro serviria para reformas no estádio, no centro de treinamento, investimento no time e em projetos para regeneração de cidades e comunidades.
Segundo a rádio britânica TalkSport, os Glazers nunca se mostraram totalmente confortáveis em vender 100% do clube.
De acordo com Fabrizio Romano, após recusarem a oferta, os Glazers, donos do United, devem vender 25% do clube para Sir Jim Ratcliffe, CEO da Ineos, uma empresa da indústria química.
Segundo o The Athletic, Ratcliffe, inicialmente, teria todo o controle da parte esportiva do clube, enquanto os Glazers seguiriam cuidando do comercial.
Briga antiga
A família Glazer que, segundo a Forbes, tem um patrimônio de 4.7 bilhões de dólares, está no comando do Manchester United desde 2005, quando Malcom Glazer adquiriu o clube por 790 milhões de libras (quase R$5 bilhões na cotação atual).
Após a morte de Malcom, em 2014, Avram, o filho mais velho, e Joel, um dos filhos mais novos, assumiram o controle do clube.
No entanto, nos últimos anos, com uma dívida que chegou à casa do R$3 bilhões e o mau desempenho esportivo, pedidos pela saída da família do clube se tornaram cada vez mais comuns e contundentes
Após os fortes protestos, em novembro do ano passado, Avram e Joel Glazer comunicaram que o clube estava aberto a uma possível venda como forma de contribuir para o crescimento do Manchester United.