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Fernando Diniz põe fim a debate sobre Neymar: 'Nenhum técnico abriria mão'

Do UOL, em Montevidéu

16/10/2023 18h55Atualizada em 17/10/2023 10h38

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva hoje, na véspera da partida entre Brasil e Uruguai desta terça-feira, às 21h, no Estádio Centenário, pela quarta rodada das Eliminatórias.

Diniz defendeu a titularidade de Neymar, que foi discutida por parte da torcida e veículos de imprensa após o frustrante empate de 1 a 1 com a Venezuela, na Arena Pantanal. O treinador usou dados do Sofascore para embasar o argumento.

O Uruguai não tem o Neymar na idade que está e na motivação. Nenhum técnico do mundo abriria mão do Neymar com a idade e fome que está. Vale a pena divulgar os números do Neymar nas Eliminatórias. O primeiro em quase todos os quesitos importantes para um atacante: gols, assistências, participações, nota do site especializado. Os números explicam ele estar aqui. Foi mais uma vez decisivo, deu assistência. Essa pergunta nem faz sentido, na minha opinião? Falei que o Neymar é um dos grandes da história, tomara que ajudemos a escrever a página mais importante da história dele

Veja todas as respostas de Fernando Diniz

Bielsa e protagonismo

"Espero um jogo difícil, de duas equipes procurando o protagonismo. Há característica do Bielsa que todos conhecem, a minha também. Tem tudo para ser um jogo bastante disputado".

Jogo diferente

"A gente tem que estar preparado para todas as situações. Uma delas, a mais previsível, seria marcação mais alta e com pressão. Mas nos outros jogos marcaram pressão não muito alta, tiveram certo protagonismo. Time bem treinado e qualificado, jogadores em grandes times da Europa. Esperamos grande clássico".

Mudanças no time

"Essa é a tendência do time, o que vocês viram aí. Com colete ou sem colete? [risos].

Jogo emblemático

"O futebol é feito não só de resultados. Existe pragmatismo de resultado, três pontos, mas há todo o encantamento, o poder simbólico para pessoas. Clássico de rivalidade há 73 anos, desde 1950, com grandes embates. Há brilho especial e mexe com todos, com vocês, comigo, torcida, presidente. Todos ficam mais sensibilizados pela história construída há tanto tempo".

Estreantes e como não sentirem a estreia?

"A questão do entrosamento? Fizemos o que foi possível em treino e análise de vídeo. Na parte emocional, damos confiança. Todos passaram por funil extremamente estreito. Não passaram por casualidade. Nem Carlos Augusto nem Yan Couto. Yan tem trajetória de seleção de base, faz grande campeonato na Espanha, monitorado há muito tempo. Carlos Augusto teve interesse da seleção italiana para naturalizá-lo mais de uma vez. Merecem vestir a camisa da seleção, mostraram qualidade, Yan entrou muito bem contra a Venezuela. Expectativa para eles é muito grande".

O que melhorar?

"A principal lição do jogo da Venezuela era que o jogo estava controlado, 1 a 0 vale três pontos. Não podemos achar que de alguma forma poderíamos marcar com menos concentração e achar que não poderia causar dano. Causa, e a única bola de perigo praticamente foi a que entrou. Tivemos chances de ampliar, não conseguimos. Teve um pouco de interferência do gramado e do calor do segundo tempo, mas se tivéssemos mais concentração principalmente na parte defensiva, teríamos vencido o jogo".

Neymar

"O Uruguai não tem o Neymar na idade que está e na motivação. Nenhum técnico do mundo abriria mão do Neymar com a idade e fome que está. Vale a pena divulgar os números do Neymar nas Eliminatórias. O primeiro em quase todos os quesitos importantes para um atacante: gols, assistências, participações, nota do site especializado. Os números explicam ele estar aqui. Foi mais uma vez decisivo, deu assistência. Essa pergunta nem faz sentido, na minha opinião? Falei que o Neymar é um dos grandes da história, tomara que ajudemos a escrever a página mais importante da história dele".

Preciosismo contra a Venezuela

"Não acho que teve preciosismo, erramos na decisão do terço final. Não tiveram egoísmo. Não vi preciosismo contra a Venezuela. Erramos um pouco pela dificuldade pelo campo e em erros de tomada de decisão, puxar contra-ataque mais aberto, afunilamos muito e dificultamos para terminar a jogada".

Richarlison

"Não sou psicólogo, tenho formação. É que nem um jornalista que não exerce jornalismo. Me preocupo, sim, com o lado humano. Richarlison contribuiu com o que pode, principalmente nos dois primeiros jogos, se a bola entra dá ânimo, garante a vitória, aumenta a estima. Continua trabalhando, treinou bem todos os dias, teve melhora no rendimento do Tottenham e estará sempre no radar, tem história na seleção mesmo jovem. O momento que ele passa quase todos passaram, vai saber passar e estará brilhando no mais alto nível".

Novo Uruguai e comparação com o Bielsa

"Saberemos na hora do jogo, depende de como as equipes vão se portar em um duelo de protagonismo. Bolívia jogou mais atrás, furamos bloqueio, contra a Venezuela tivemos chances e fizeram gol na maneira contraditória possível, estavam extremamente abertos e tivemos cinco ou seis chances. Não ficaram atrás o tempo todo, no segundo tempo, depois que fizemos gol, arriscaram e mexeram a postura. Não foi normal não termos aproveitado as bolas que tivemos. A tendência é de um jogo diferente, mas não saberemos se será melhor ou pior. Estou empenhado para o Brasil fazer um jogo bom atacando e defendendo. A ideia sobre ter protagonismo no jogo nós temos, mas como propor as ideias não há muita semelhança".

Perfil das laterais

"Observação pertinente, mas é um conjunto de fatores. O Carlos mostrou segurança e confiança nos treinamentos e nos jogos pela Inter que acompanhamos".

Estádio Centenário e ser técnico da seleção em 2030

"Me levando para 2030, hein? Vamos tentar ficar vivos até lá, depois a gente vê [risos]. É um privilégio estar no Centenário para quem ama o futebol como eu. Traz mais brilho para a partida, algo diferente. É muito bom estar aqui nesse estádio".

Gramado

"Daquilo que a gente viu, talvez seja o gramado de melhores condições. É difícil ter padrão europeu na América do Sul, o que os jogadores estão acostumados. Mas senti um gramado melhor, vai ajudar as duas equipes a jogar um bom futebol. Uruguai do Bielsa joga com a bola no chão, acelera, o campo em si vai ajudar o jogo".

Superstição e desfalques

"Não tenho superstição, temos que trabalhar muito, treinar, e entregar o melhor para a torcida brasileira. As lesões aconteceram em número excessivo, mas temos jogadores para cobrir. Sou tranquilo, temos boa comunidade para conversar e deixar todos à vontade".

O que agradou e formato das Eliminatórias

"Difícil responder, para mim tudo é motivação. Estou estreando, lá na frente, se confirmar, pode ser mais pertinente. É exercício de imaginação. O futebol é algo muito vivo, cada treino vale Copa do Mundo, me entrego completamente e não faço distinção. Jogar contra Uruguai no Centenário se fosse amistoso já seria inacreditável, muito forte. Preparo o time para o melhor, como se fosse a final da Copa. Se vai haver desmobilização ou testes na frente, não sei. Não faço testes, convoco os melhores e procuro fazer o melhor para ganhar os jogos".

Importância do Rodrygo

"É processo de evolução e precisa de ajustes. Como vamos treinando, corrigindo, há tendência de melhora. Rodrygo tem características dele que se encaixam com as minhas ideias. Dinâmica, talento, técnica muito refinada. Talento que gera incredulidade no adversário. Cai como luva e é muito bom tê-lo. A tendência é de franca evolução, ficar mais à vontade e ser cada vez mais protagonista".

Motivação

"A fome é muito grande de todos eles, dos que iniciam e outros, como o Neymar do quarto ciclo, Marquinhos, Danilo? Todos eles têm desejo de vencer a Copa, foi muito frustrante como perdemos as duas últimas Copas, foi trabalho bem feito e totais condições de ganhar. Faremos de tudo para ajudar o sonho a se concretizar".

Núñez e Valverde/Vini e Araújo

"Jogam no mais alto nível do futebol mundial, como temos os nossos. Jogam muito bem nos clubes e seleção e têm nosso respeito. Os enfrentamentos Barcelona e Real Madrid são muito duro, dois grandes jogadores. Um defensor exemplar e um dos maiores atacantes do mundo. Vai ser bonito de se ver".

Festa

"Não estou sabendo, é novidade. Não teve isso".

Suárez

"Difícil opinar, o técnico do Uruguai tem suas convicções. O Suárez é um jogador esplendoroso, um dos maiores ídolos, e o futebol brasileiro tem a alegria de poder acompanhá-lo. Arrascaeta é jogador de ponta e tem admiração de todos".

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