Tite fala em orgulho e cita 'ajuste de datas' para explicar sim ao Flamengo

Tite foi apresentado na tarde de hoje (16) como novo técnico do Flamengo. O treinador, que foi anunciado na última segunda-feira, falou em "ajuste de datas" ao explicar ter acertado com o Rubro-Negro, após indicar um ano sabático em 2023.

Prefiro colocar como um ajuste de datas. Por quê? O objetivo do Flamengo é para 2024, essa foi a premissa, da minha forma também. Lembro que quando conversamos a respeito, perguntaram: "como é que a gente ajusta os seus objetivos profissionais com as necessidades do Flamengo? Tite

"É de 2024? É, mas como pode ser para a necessidade que temos agora? Esse projeto pesou mais forte, é uma situação que também traz benefícios. O objetivo, agora, é a classificação direta na Libertadores. A perspectiva de título tem na matemática, mas é sonho. E ela tem um risco, são nove equipes que estão muito próximas, campeonato extremamente necessidade. O que traz de benefício? Para o projeto de 2024 conhecer todos os atletas, estar trabalhando agora era importante. Esse ajuste acabou acontecendo nesse projeto inicial", completou.

O que ele disse?

O que seduziu? "Quatro anos de clube, a estabilidade com que tem na sua qualidade, a torcida e o quanto te incentiva e mobiliza para tal, uma estrutura como a do Ninho, o grupo que estabelece e joga às claras. As situações que são benéficas ou prejudiciais ao clube. Por exemplo, eu não queria vir agora, mas há uma necessidade do clube. E daqui a pouco, a experiência que tive no trabalho anterior possa permitir acelerar nesse processo. É um conjunto da obra. Um Estado que ainda não trabalhei, e que é diferente. Também é desafiador neste conjunto".

Chegada ao Flamengo. "Quando joguei contra Flamengo, tinha Andrade, Adílio, Zico, e depois Tita e Lico. Fora Nunes, Edmar e outros mais, mas essa composição... Estava na Portuguesa na época, o quanto corri atrás e passei um sufoco nessa história (risos). Falei isso para mostrar a história, a grandeza, o quanto sei da alegria do torcedor em ver sua equipe, de participar dessa alegria, e do orgulho. É um orgulho, um desafio e uma responsabilidade muito grande".

Trabalho na primeira semana. "Esse tempo de vinda para cá na data-Fifa permitiu um conhecimento, primeiramente, humano, dos funcionários e depois com os atletas. Na sequência, a gente já implementa as fases ofensiva, defensiva e de bola parada".

O que motiva? "É o projeto de 2024. Busca de retomada de vitórias importantes, perspectiva de títulos, e depois alinhamentos de datas para que pudesse seguir esse trabalho e ter possibilidade de êxito, que é o que me move".

Renovações de contrato com jogadores. "Técnico é uma figura importante no clube, mas, acima, na hierarquia, está a sua direção que tem comando e diretriz. Há um encaminhamento, porém, são 12 jogos decisivos e todos são importantes para conseguirmos o objetivo".

Briga por título. "Tínhamos, inicialmente, a ideia de um contrato mais longo porque acredito na vigência de um trabalho a médio e longo prazo. Todos os meus trabalhos e conquistas, e me orgulho delas, tiveram início, meio e fim, e aí tem uma marca importante. Mas sei também que a realidade do futebol brasileiro não te permite, mas permite aquilo que é o tempo da própria direção. Há uma coerência neste aspecto".

Everton Cebolinha. "Ele foi um dos destaques desta Copa América [de 2019]. Perguntei ao Pedro: "Como podem contribuir um com o outro, Pedro e Gabi", e ele falou para mim que competindo e elevando o nível técnico em treino e jogos. E nisso que acredito e serve também para o Everton".

Gestão de grupo. "Eu era um jogador nota 7, não tinha uma excepcionalidade, mas me trouxe experiência grande como ex-atleta. Observava os técnicos. Ele pode escalar, mas me treine e me respeite igual. A mensagem que tive de Carlos Alberto Silva ficou marcada e é tipo um carimbo meu, porque senti nele e em Pedro Pires de Toledo algo que, agora, posso passar aos atleta como técnico: respeito".

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