Seleção brasileira vive maior jejum de centroavantes desde os anos 2000

O Brasil enfrenta atualmente uma situação que não ocorria há mais de uma década com seus 'camisas 9'. Desde o final dos anos 2000, centroavantes da seleção não ficavam sem marcar por sete ou mais partidas consecutivas.

Maior seca em 13 anos

A seleção passa por um jejum de sete jogos sem centroavantes balançando a rede, superando os seis jogos de seca em 2014 e 2021. Richarlison, Gabriel Jesus, Matheus Cunha, Pedro, Rony, Yuri Alberto e Vitor Roque — jogadores que atuam na posição — tiveram pelo menos uma oportunidade cada, mas passaram em branco nesse recorte.

Richarlison, da Seleção Brasileira, após o terceiro gol contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo do Qatar 2022; ao fundo, anúncio da HiSense
Richarlison, da Seleção Brasileira, após o terceiro gol contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo do Qatar 2022; ao fundo, anúncio da HiSense Imagem: Maddie Meyer/FIFA/Getty Images

O último gol de um camisa 9 de ofício foi nas oitavas de final da Copa de 2022, feito por Richarlison, em 5 de dezembro. Desde então, a seleção marcou 15 vezes, mas nenhuma por um "homem-gol". Neymar (3x), Rodrygo (3x), Marquinhos (2x), Casemiro, Gabriel Magalhães, Joelinton, Lucas Paquetá, Militão, Raphinha e Vinicius Jr foram os responsáveis pelos tentos.

O Brasil não enfrentava uma seca tão grande desde o final da década passada. Entre setembro de 2009 e junho de 2010, os centroavantes ficaram dez meses sem marcar — desconsiderando os gols de Nilmar e Robinho, que não atuaram na função.

Luis Fabiano comemora ao marcar o segundo gol do Brasil contra o Chile
Luis Fabiano comemora ao marcar o segundo gol do Brasil contra o Chile Imagem: AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS

Luís Fabiano foi quem acabou com o jejum vigente de nove jogos sem gols dos 'camisas 9' — independentemente do número que usavam. Ele havia marcado contra a Argentina, em cinco de setembro de 2009, e acabou com a seca contra a Costa do Marfim, em 20 de junho do ano seguinte.

Os adversários que passaram ilesos naquela época pelos camisas 9 da seleção foram: Coreia do Norte, Tanzânia, Zimbábue, Irlanda, Omã, Inglaterra, Venezuela, Bolívia e Chile. A lista dos rivais atuais é de: Croácia, Marrocos, Guiné, Senegal, Bolívia, Peru e Venezuela.

Antes disso, em 2001, o jejum dos centroavantes durou sete jogos. A "seca" durou entre julho e novembro daquele ano, até que Luizão acabou com a seca — desconsiderando o gol de Euller contra o Panamá.

Diniz faz mudança na frente

O técnico da seleção brasileira mexeu no time e tirou Richarlison para o jogo contra o Uruguai. O centroavante do Tottenham só não foi titular desses últimos sete jogos no duelo contra o Marrocos — ele foi cortado por lesão.

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Gabriel Jesus durante a partida do Brasil contra a Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas
Gabriel Jesus durante a partida do Brasil contra a Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas Imagem: Pedro Vilela/Getty

Diniz optou por dar chance a Gabriel Jesus. O jogador do Arsenal se colocou à disposição para jogar em qualquer posição no ataque, mas voltará ao time titular como 9.

As três opções convocadas para a opção vivem jejuns. Jesus soma sete jogos sem balançar a rede com a seleção, enquanto Matheus Cunha ainda não marcou em seus dez jogos com a Amarelinha — Rodrygo não entra na lista por ter liberdade no ataque, embora tenha atuado como centroavante no Real Madrid.

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