Um dos destaques do vice-líder Red Bull Bragantino no Brasileirão, o lateral-esquerdo Juninho Capixaba contou no De Primeira por que escolheu o Massa Bruta em vez do São Paulo no início da temporada. Ele admitiu que esteve muito perto de fechar com o Tricolor.
'Estava quase tudo certo para ir ao São Paulo': "As pessoas às vezes não entendem muito bem as nossas escolhas. A gente agradece muito quanto temos proposta e convite de grandes clubes como o São Paulo, mas eu vinha de um Fortaleza de uma excelente temporada. Eu tinha muitos contatos de outros clubes, o São Paulo era um deles e acredito que estava quase tudo certo para ir ao São Paulo, mas sou muito religioso e sigo muito a intuição de Deus, sou cristão e procuro caminhar com Cristo, e isso significa ouvir a voz de Deus. Às vezes, a gente acha que indo para o São Paulo vai ter o desempenho, é um grande clube, aquela coisa toda, mas talvez não é o que Deus tinha preparado para nossas vidas.
'O Bragantino era um desafio para eu crescer': "Eu e minha esposa tomamos a decisão de vir para cá porque era um novo desafio, eu sou um cara que gosto de desafio e vir para o Red Bull Bragantino, uma equipe com um pouco menos de expressão no futebol brasileiro atualmente, era um desafio para crescer. Para eu manter minha regularidade, não sei se o São Paulo seria a melhor opção. São diversas coisas que são decisões difíceis de tomar e creio que tomei a decisão correta para minha carreira, estou muito feliz aqui no Red Bull Bragantino".
Confira outros trechos da entrevista com Juninho Capixaba
Sonha em ser convocado à seleção brasileira?
Classificação e jogos
"A gente sempre tem expectativa de ser convocado, trabalha para chegar no auge da carreira, sempre tem aquela esperança no coração, mas não cabe a nós. Se a oportunidade chegar, é agarrar com toda força e dar sequência".
'Bragantino joga quase no sistema do Guardiola'
"É um pouco o sistema do Manchester City, o Guardiola trabalha muito isso, constrói com três, coloco o Rodrigo ajudando na saída de bola, então forma um quarteto em losango, com três saindo e um por dentro, a gente tem dois médios e formam praticamente cinco na última linha. Eu não estava adaptado a esse estilo de jogo, mas o Caixinha veio implantando nos treinamentos e vem dando certo. Eu vinha de um sistema onde eu atuava como ala e lateral, com o Vojvoda, aprendi bastante a jogar nesse sistema, estava muito mais acostumado e quando o Caixinha me trás para essa saída de três, é um pouco novo para mim. Mas, como eu tenho facilidade de jogar por dentro por ter sido meia na base, o Caixinha trouxe essa novidade e encaixou muito bem, é quase o sistema do Guardiola, que é o mais famoso do mundo e tem dado certo na maioria das equipes que jogam assim."
Ainda dá para pegar o Botafogo no Brasileirão?
"O Campeonato Brasileiro é muito difícil, a gente sabe da gordura que o Botafogo construiu e com muito mérito, um trabalho muito grande do Luís Castro, a gente acompanha muito o Brasileirão, são jogos de grande nível. Então, hoje, o Bragantino está em segundo lugar, talvez como patinho feio, porque no início do ano a gente era cotado para brigar contra o rebaixamento. É uma equipe que vem crescendo há muito tempo, sonhar com o título nunca é ruim, o Botafogo tem a gordura, mas o campeonato ainda não acabou e muita coisa pode acontecer. A realidade hoje é ir jogo a jogo e torcer para que haja tropeços do Botafogo e a gente possa brigar por título, essa é a mentalidade."
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