Uruguai é o primeiro grande teste de Diniz na seleção e com tabu em jogo
Do UOL, em Montevidéu, Rio e Santos
17/10/2023 12h00
Fernando Diniz tem hoje (17) o principal desafio até o momento nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Depois de três partidas, a quarta trará o primeiro adversário campeão mundial, o Uruguai, às 21h (de Brasília), no Estádio Centenário.
O que aconteceu
Diniz comanda o Brasil diante de um adversário para o qual a seleção não perde desde 2001, justamente no mítico palco em Montevidéu — foi 1 a 0 para os uruguaios há 22 anos.
Em três partidas, Diniz ainda não encarou seleções campeãs do mundo. O Brasil venceu Bolívia e Peru. Contra a Venezuela, um empate tirou os 100% de aproveitamento.
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O Uruguai, mesmo em reconstrução, é um degrau a mais de dificuldade na trajetória de seis jogos que Diniz terá pelas Eliminatórias durante o contrato com a CBF, que expira em julho.
Além de somar o máximo de pontos nas Eliminatórias, a perspectiva indiretamente é melhorar o time até o último compromisso do ano: a Argentina, campeã do mundo, em 21 de novembro, no Maracanã.
Em 2024, Diniz não terá rodadas das Eliminatórias na agenda porque em março haverá dois amistosos. Em junho, começa a Copa América, mas a CBF já espera contar com Carlo Ancelotti.
Sabemos que vai ser um jogo muito difícil. Dos três jogos, com certeza o mais difícil. Estamos nos preparando bem. O jogo da Venezuela passou, temos que focar no agora, ver o que temos a melhorar, o que o professor tem a passar para não cometermos os mesmos erros da partida passada e irmos com tudo para conquistarmos os três pontos
Gabriel Magalhães, zagueiro da seleção.
Brasil e Uruguai em reconstrução
Um fator que une Brasil e Uruguai neste momento é o processo de reconstrução do time. Se o Brasil perdeu força em relação ao ciclo de seis anos com Tite, o Uruguai também busca uma nova identidade sob o comando de Marcelo Bielsa e sem a dupla Suárez e Cavani.
Na seleção brasileira, além da troca de treinador, há um novo DNA de jogo, substituindo o estilo posicional por uma liberdade maior e incentivo à movimentação das peças ofensivas. O Brasil, pela performance contra Peru e Venezuela, está longe do ideal.
Depois do caminhão de gols contra a Bolívia (5 a 1), a seleção de Diniz só balançou a rede em duas jogadas de escanteio, muito parecidas. Mas como falhou na marcação em um lance capital contra os venezuelanos, perdeu a liderança das Eliminatórias.
O que aconteceu desde 2001?
O Brasil visitou o estádio Centenário quatro vezes desde a última derrota. Venceu três vezes e empatou uma. No geral, o Brasil tem feito muitos gols no Uruguai, mesmo quando joga em território celeste. Em 2020, fez um 2 a 0. Mas em 2017 e 2009 venceu por 4 a 1 e 4 a 0, respectivamente. O empate aconteceu por 1 a 1 acabou em 2005.
"O futebol é feito não só de resultados. Existe pragmatismo de resultado, três pontos, mas há todo o encantamento, o poder simbólico para as pessoas. Clássico de rivalidade há 73 anos, desde 1950, com grandes embates. Há brilho especial e mexe com todos, com vocês, comigo, torcida, presidente. Todos ficam mais sensibilizados pela história construída há tanto tempo", disse Fernando Diniz.