Tite compara futebol ao boxe e diz que Flamengo não soube absorver golpes

Após a derrota de virada do Flamengo para o Grêmio em Porto Alegre, o técnico Tite admitiu que a equipe não soube absorver o primeiro golpe sofrido na partida. O time carioca levou três gols em 10 minutos.

Segundo tempo: "Começamos bastante bem, o Grêmio cresceu e equilibrou, fizemos o gol. Voltamos bem no segundo tempo, as mudanças foram colocando velocidade para eles e trouxeram o gol de empate com infiltração central. O Flamengo sentiu um pouco o gol e esse é um processo de maturidade. Absorve e vai procurar o jogo de novo. Eles tiveram efetividade nas jogadas criadas. Demos velocidade com as mudanças, mas não o suficiente para virar."

Gols sofridos: "Não foi um acidente. O gol tem uma causa, uma análise a ser feita. Tem que absorver quando sofre o gol, ter maturidade e naturalidade para retornar a um desempenho. O Grêmio foi efetivo, isso também conta para o jogo. Não tivemos contundência para buscar, estávamos dominando e buscamos o segundo gol. Dava uma condição melhor na partida para definir."

Psicológico: "O jogo de futebol apresenta diferentes fases. Desligar eu não usei como termo e nem nada psicológico. Futebol, assim como outros esportes, como o boxe, você recebe um soco, vai para trás e depois volta, se resguarda. Quando sofre o gol, fica com a bola, o controle, o domínio. Naturalmente vai retomar o melhor nível. Esses pequenos ajustes são necessários."

Pulgar: "O Pulgar saiu por uma condição clínica. Já estava com uma virose e com o cartão estava prejudicado. Está sendo medicado agora. Não fosse isso, não sairia"

Veja outras respostas

Matheuzinho

"A substituição do Pablo foi ofensiva e não do Matheuzinho, do Thiago Maia fazendo uma saída maior. Ter mais um jogador de articulação atrás e ter uma articulação para chegar à frente."

Bruno Henrique

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"Para 90 minutos seria difícil manter o Bruno no nível. Pelo plantel que tem e as oportunidades, Cebolinha poderia participar. Teve a efetividade, jogou um belo primeiro tempo e depois foi caindo um pouco. Por isso a substituição: para ter o jogador em um curto ou médio espaço de tempo em uma condição melhor"

Foco nos treinos

"A sustentação dos dois meio-campistas tem sido fundamental na formação da equipe. Tenho consciência dessa movimentação e mobilidade dos dois, da importância tática dos dois. mas vamos encontrar a oportunidade. Falei para eles no vestiário, é fácil assumir em vitória, mas tenho o discernimento de saber do trabalho para essa construção, inclusive de confiança de treinamento. Até para conhecer melhor os atletas, que momento importante para eles serem utilizados. Esse tempo todo vai ajudar."

Ataque

"No futebol aprendi que somos todos responsáveis. O técnico maior pela visibilidade e escolhas. Mas não tem "esse jogador", "aquela situação". Não é um esporte individual. Todos temos a condição de crescer, eu inclusive no conhecimento dos atletas e na utilização. É dessa minha chegada para conhecer os atletas e desenvolver o trabalho."

Pressão em clube

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"A pressão e exposição do técnico... ser treinador te traz uma série de benefícios extraordinários, tenho consciência. Mas traz uma visibilidade e cobrança. Em um grande clube na mesma proporção. Tem que ter serenidade, conhecimento e discernimento para absorver. Faz parte do jogo"

Briga no ano

"Quando assumi, do segundo ao nono colocados estava assim. É uma briga muito forte. A busca era a Libertadores direta e há uma concorrência muito forte também.

Jogo

"No segundo tempo estávamos com volume, criando oportunidades não tão contundentes, mas com domínio do jogo. O Renato foi feliz porque acelerou o time e nessa primeira jogada de infiltração central o Ferreira teve essa característica, entrou e empatou. Tem méritos do adversário. Mas o Flamengo não se surpreendeu, buscou, queria fazer o segundo gol. Trouxe um jogador de articulação quando o Pulgar saiu. Naquilo que é o modelo do Flamengo. Não quero tirar aquilo que o time tem."

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