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Sintético e empresa de Leila distanciam acordo entre São Paulo e Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

31/10/2023 04h00

No início do ano, São Paulo e Palmeiras fizeram um acordo de cavalheiros para utilizarem os estádios rivais em períodos em que os próprios campos não estivessem disponíveis por causa de shows. No entanto, o que parecia um pacto duradouro tem se mostrado justamente o contrário.

O que aconteceu

O Palmeiras jogou duas vezes como mandante no Morumbi neste ano, mas não repetiu no último clássico contra o Santos. O Verdão atuou na Arena Barueri.

O São Paulo jogou a partida das quartas de final do Paulistão contra o Água Santa no Allianz Parque. Mas isso não vai se repetir na próxima semana, quando não terá o Morumbi à disposição para o jogo contra o Red Bull Bragantino e mandará a partida na Vila Belmiro.

Os motivos para o 'fim' do acordo

O Verdão jogou na Arena Barueri dias após ser anunciado que a Crefipar, uma das empresas de Leila Pereira, venceu a licitação pela gestão do estádio. Segundo o Palmeiras, não há, necessariamente, relação entre os fatos, uma vez que o Verdão "já mandou vários jogos em Barueri antes da concessão".

O clube afirma que a prioridade é sempre esportiva e o Morumbi não está descartado para o futuro. No entanto, diante do cenário e com a melhora no gramado da Arena Barueri após uma parceria entre clube e prefeitura, a tendência é a utilização do estádio.

Do lado do São Paulo, o Tricolor tem no gramado artificial do Allianz sua principal ressalva. O técnico Dorival Jr já afirmou mais de uma vez sua opinião contra o sintético.

Além disso, a equipe são-paulina, seja obra do acaso ou não, vem acumulando lesões em gramados artificiais ao longo da temporada. Galoppo, Ferraresi, Rafinha, Wellington, Lucas e, na última rodada, Alisson se lesionaram atuando neste piso.

Acordo foi visto como sucesso na época

Logo após os clubes 'trocarem mando', Leila Pereira e Julio Casares comemoraram o acordo em comunicado conjunto publicado pelos clubes. Os mandatários classificaram o acordo como um sucesso e a ideia era a manutenção diante do já previsto calendário de shows em ambos os estádios.

A rivalidade deve se restringir ao campo de jogo. Fora dele, os clubes têm interesses em comum e precisam trabalhar coletivamente em busca de melhorias para a indústria do futebol. Se quisermos transformar o futebol brasileiro em um produto mais atraente para todos, a civilidade e o respeito devem prevalecer. Agradeço à diretoria do São Paulo, pela forma como fomos recebidos no Morumbi, e à torcida palmeirense, pelo comportamento exemplar demonstrado na casa de um rival.

Leila Pereira

O futebol paulista sai vitorioso após este fim de semana. São Paulo e Palmeiras mostram que é possível a convivência pacífica entre rivais históricos, deixando a disputa acirrada apenas para dentro de campo nos jogos entre os times. Queremos que este momento seja um marco para o futebol paulista. Entendemos também que o esporte deve ser visto como entretenimento e lazer. Vamos seguir trabalhando pelo bem do futebol brasileiro e para fortalecer os clubes.

Julio Casares

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