Risco de Z4 faz Mano manter medalhões no Corinthians: 'Hora importante'
A derrota do Corinthians por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino hoje, no Nabi Abi Chedid, retomou o debate por um time mais jovem. O Timão foi superado de forma tranquila pela equipe mais veloz do Massa Bruta.
O técnico Mano Menezes, porém, defende os medalhões: "Tem que cuidar um pouco sobre o fato de definir que isso é de um jeito e o outro tem que ser diferente. Outras equipes mais jovens vieram e tiveram dificuldade. Temos que reconhecer o Bragantino. Não podemos descontar isso".
Os medalhões devem ser mantidos na luta contra o Z4: "É a hora mais importante, onde as coisas se decidem. Ter quem está acostumado a essa pressão ajuda, mas não é o suficiente às vezes e nem abrimos mão da juventude. Alguns momentos demandam eles. A mescla, a mistura, vai dando mais equilíbrio para não oscilar tanto".
Bragantino, terceiro colocado, joga outro campeonato: "Média de 25 anos, time jovem, entram outros fatores que levam o jogo para um lugar que temos que saber entender. Na segunda parte disputamos e tentamos de alguma maneira chegar mais fortes. Foi pouco, resultado justo. Disputam o título e não é à toa".
Veja a entrevista de Mano Menezes na íntegra
Avaliação do jogo
"Não jogamos bem o primeiro tempo, deixamos o adversário impor o jogo. Sabíamos que seria difícil. Tomamos um gol numa bola de felicidade extrema, um chute maravilhoso. Descuidamos da saída da pressão sobre a bola, isso cria dificuldade em um jogo que já não estávamos bem. Jogo pedia mais disputa física, mais imposição para depois tentar jogar. Perdemos a maioria. Quando time não está bem e não consegue sair jogando por causa da pressão, tem que ser outra solução e não encontramos, também por característica dos jogadores. No intervalo, duas alterações, Yuri entrou um pouco escoltado no jogo. Achamos que estava difícil para ele, seria contra o vento para segurar a bola e escolhemos o Felipe. Ganhamos mais um jogador com a entrada do Pedrinho. Não fomos nunca brilhantes e nunca jogamos bem, mas disputamos no segundo tempo dentro das limitações do time para hoje. Quando não podemos ser superiores, o time disputa o título e não é à toa... Média de 25 anos, time jovem, entram outros fatores que levam o jogo para um lugar que temos que saber entender. Na segunda parte disputamos e tentamos de alguma maneira chegar mais fortes. Foi pouco, resultado justo".
Adversário mais jovem
"Tem que cuidar um pouco sobre o fato de definir que isso é de um jeito e o outro tem que ser diferente. Outras equipes mais jovens vieram e tiveram dificuldade. Temos que reconhecer o Bragantino. Não podemos descontar isso. Não podemos quando perdemos, que foi exceção nos outros jogos, atribuir à faixa etária. Tem muito time experiente que faz jogos bons, compete. Nosso time é mais técnico por característica. Aí que um tipo de jogo ainda dificulta. Um jogador técnico sempre quer levar para o técnico. Gramado seco, vento, disputa, bola saltada, é difícil jogar tecnicamente às vezes. E com pressão de marcação forte, mais difícil ainda. Temos que saber jogar esse jogo, isso vai acontecer. O maior problema não está aí [idade]. O maior problema é que o Bragantino foi melhor".
Pontos positivos
"Saber os jogadores que em hora de dificuldade vamos contar com eles. Vamos selecionando, vendo, importante entender o momento de cada um, sem mais nem menos, sem trajetória e mais ou menos jogo. Futebol é competir. Não fizemos uma coisa nem outra no primeiro tempo".
Rojas
"A gente abordou sobre isso. O momento é inadequado, em cima de derrota e vai parecer que estamos transferindo responsabilidade por não vencermos. Não é justo. Falamos que precisamos entender característica de cada um e do Corinthians, a tradição como jeito, identidade de time, característica que o torcedor gosta. Com calma, as coisas vão entrar no lugar".
Yuri Alberto e Felipe Augusto
"Yuri já vem um pouco cansado, tínhamos dois jogadores voltando e dois saindo, quatro alterações. Levamos até onde deu para não descaracterizar muito a equipe. Não conseguiu fazer recuperação à altura, jogo contra o Athletico foi muito desgastante. Trabalha sempre em alta intensidade, com piques de 20 ou 30 metros. Melhor tirá-lo para tê-lo na frente e mais inteiro na quinta".
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Quero receber"Felipe entrou bem, precisamos que mais jogadores entrem bem. Confiamos e contamos com todos. Ficamos felizes a cada vez que alguém entra e desempenha bem".
Renato Augusto em 2024
"A gente conversa alguns assuntos de forma internamente, por isso não abordamos publicamente. Temos vários jogadores na situação do Renato. Se vamos tratar um de forma diferente, todos os outros vão ficar desestimulados. Decidimos, nós da parte técnica e direção, não adiantar nenhum assunto. Sabem que são importantes, do respeito, não é hora. Vamos deixar para quando for hora".
Responsabilidade do treinador
"Acho que a gente só joga por uma bola quando não temos condições de jogar por duas, três, quatro ou cinco. Ninguém quer jogar por menos bolas. Temos que saber jogar assim, reconhecer que o rival está melhor e por isso disputa o título. Não podemos nos acomodar, temos que ter ambição. É o pecado que não podemos ter no Corinthians. Fizemos jogo para mais e não vencemos, como contra o Santos. Cássio não era o melhor em campo contra o Santos, foi o João Paulo. Melhor primeiro tempo de todos os clássicos do ano talvez. Ainda oscila, é natural, e tem uma necessidade de adaptação melhor a um jogo diferente, mais intenso, corrido, de bolas longas e disputa no meio-campo. Perdemos muito a segunda bola no primeiro tempo, isso dá volume ao adversário. No segundo tempo ganhamos, e não é por altura. Giuliano ganhou mais bolas no segundo tempo. É posicionamento, comportamento, entendimento. Trabalhamos para melhorar a curto prazo. É trabalho do treinador. 'Ah, o Corinthians vai pensar em algo a mais'. Não, não é momento de pensar em algo a mais, é ter foco para não voltar à situação que já esteve um tempo atrás".
Utilização dos mais experientes
"Não é uma linha que a gente pretende até o fim do campeonato. É a hora mais importante, onde as coisas se decidem. Ter quem está acostumado a essa pressão ajuda, mas não é o suficiente às vezes e nem abrimos mão da juventude. Alguns momentos demandam eles. A mescla, a mistura, vai dando mais equilíbrio para não oscilar tanto".
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