Rodada reforça Brasileiro aberto, enquanto Botafogo joga clássico dramático

Em um campeonato que já teve a zoeira do torcedor na linha "segue o vice-líder, porque o líder disparou", a realidade da tabela de classificação é muito, mas muito diferente do que se pensava, por exemplo, na virada do turno.

Os jogos da 32ª rodada fizeram com que o Palmeiras alcançasse o Botafogo no número de pontos, trazendo o Red Bull Bragantino na cola. O clássico de hoje entre o time treinado por Lucio Flavio e o Vasco ganhou contornos de drama.

O Brasileirão, que já tinha 'acabado', está eletrizante — nas duas pontas. E o clássico carioca mexe com ambas. A bola rola às 19h.

Palmeiras chegou

No que diz respeito à briga pelo título, o Palmeiras vem grandão na reta final: além da virada épica sobre o Botafogo no meio de semana passado, venceu o Athletico no sábado e por isso empatou em pontos. Mais uma vez, Endrick brilhou.

Quem já ganhou títulos, pontos corridos, sabe como funciona. Agora, não sei quem vai ganhar no fim. O Grêmio também está chegando, tem o Bragantino. O Botafogo ainda é o que está em melhores condições, se for ver pelas probabilidades. Eu também já disse: o Botafogo realmente tinha uma vantagem para poder perder ali ou aqui. E continua tendo essa vantagem.

— Abel Ferreira, técnico do Palmeiras

O azarão Red Bull Bragantino não conta com a sorte e, sim, com a competência de ter derrotado o Corinthians. O magro 1 a 0 veio com um golaço de Helinho. A essa altura, tem cara de goleada.

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O Grêmio, que completa o G4, está a três pontos do Botafogo — e também com dois jogos a mais. 'Lógico que eu acredito no título", disse Renato Gaúcho. Isso porque venceu o Bahia. Se o Atlético-MG empatou com o América-MG, o Flamengo sofreu, mas ganhou o Fortaleza por 2 a 0.

O nosso título é o próximo jogo.

— Pedro Caixinha, técnico do Red Bull Bragantino

E agora, Botafogo?

O Botafogo viu isso tudo do sofá e agora precisa fazer a sua parte para manter o mínimo de folga na liderança — perdê-la parecia improvável há algumas rodadas não tão distante.

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Uma ressalva precisa ser feita. O alvinegro tem neste momento dois jogos a menos que o Palmeiras e um a menos que o Bragantino. Logo, a distância que se vê na tabela parece uma miragem.

Mas a ilusão de ótica traz, sim, uma pressão adicional a esse time que luta para quebrar um jejum de 28 anos sem ganhar o Brasileirão.

Com o interino Lucio Flavio, aposta depois da demissão de Bruno Lage, o Botafogo precisa mostrar serviço carregando uma série de três jogos sem vencer — um empate e duas derrotas. Como se não bastasse, joga diante de um Vasco desesperado, em São Januário.

Um tropeço a essa altura pode causar um efeito dominó. O Alvinegro enfrenta na sequência o Grêmio, outro ainda no páreo pelo título e, na rodada seguinte, o Red Bull Bragantino. Um cardápio de problemas e tanto.

O que alivia é que na próxima rodada o Palmeiras enfrenta o Flamengo e ambos podem ficar abraçados à distância do Botafogo. E há um jogo atrasado entre Fla e Bragantino, que ficou para depois da data Fifa.

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O impacto na briga de baixo

Do ponto de vista do Vasco, uma derrota será um golpe e tanto nas pretensões de fugir da zona de rebaixamento. Ainda mais porque o Goiás ganhou do Coritiba e passou o time de Ramón Díaz.

A briga contra o rebaixamento tem um Santos x Cuiabá hoje que também é crucial. O Peixe segue fora da zona, empatado nos 37 pontos com um cambaleante Cruzeiro, que ficará com um jogo a menos, e um Bahia que também oscila.

O Corinthians vê isso entre a turma que já chegou aos 40 pontos, mas ainda não está livre da ameaça da Série B.

Nesse campeonato, só quem pode respirar aliviado mesmo é o Fluminense. Conquistou a Libertadores e já tem vaga na edição do ano que vem. Não vai ser campeão brasileiro, mas já tem 45 pontos, número mágico nos pontos corridos para evitar o rebaixamento.

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