Tite não se leva por euforia da torcida e segue plano traçado no Flamengo

Tite voltou a pregar pés no chão mesmo depois da vitória por 3 a 0 do Flamengo sobre o Palmeiras no Maracanã. O treinador não se levou pela euforia no Maracanã e manteve o plano traçado desde o início de seu trabalho: o objetivo inicial segue sendo uma vaga direta na Libertadores.

É a minha verdade. Se no momento estivermos a uma pontuação próxima, a gente fala. Por enquanto é a realidade do que nos propusemos. É o próximo jogo. Vencer as partidas e crescer. Onde vai chegar, não sei. O objetivo é crescimento. O inicial é a Libertadores direto, mas o campeonato está móvel. Não estamos nem no G4 ainda, então a realidade é o momento. Grande jogo, pés no chão, serenidade. Depois das duas primeiras vitórias, baixamos a guarda, mas aprendemos enquanto conjunto

Tite

O que mais Tite disse

Torcida: "Estava tão concentrado que não ouvi nada. Fiquei voltado para o jogo, concentração alta você abstrai de tudo. Tem que compreender o torcedor, claro, não posso frear ele. Eu quero é colocar o fato real. Onde nós podemos chegar depende da evolução, mas outras equipes de qualidade estão ai"

Mudanças: "Já conversamos sobre a quantificação de carga, mudamos três metodologias durante o ano. Imagina mudar três diretores seus, a equipe de trabalho. O quanto dificulta a coordenação. Um gosta de volume, outro de intensidade, outro faz a bola parada de um jeito. Tudo entra na cabeça do atleta e é difícil. Procuramos ter a Data Fifa para dar organização maior e buscar informações não para implementar coisas, mas aproveitar o que o Flamengo tinha de bom"

Apoio da torcida: "Pedi para compreender os momentos de oscilação. A equipe está em reformulação. Com atletas por vezes sem a melhor condição. Reitero em relação ao Gabi, que vem com problema, mas precisávamos e ele se colocou à disposição. Todos tem essa doação. Nunca vi atleta de alto nível sem dor. Hoje digo obrigado para a torcida, o carinho o atleta precisa. E precisa do carinho principalmente quando erra."

Psicológico: "Eu errei no jogo contra o Santos porque fui reposicionar os atletas na bola parada e comecei a trazer para trás um posicionamento mais central. Deu rebote e aquele posicionamento de pressão alongou a marcação. Eu interferi de forma errada. Quando nos reunimos, falei que o técnico errou. Se eu quiser um atleta perfeito ou eles um treinador perfeito, vão fazer outra atividade. Quero que tenhamos confiança para assumir o erro sem ser herói ou vilão, saber que somos todos responsáveis, mas não culpados. Se o técnico fala isso, eu também vou errar, mas vai ter uma equipe de trabalho para sustentar o erro. Futebol é assim, a vida é assim."

Cebolinha

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"Entendo a individualidade, mas o conjunto tem que funcionar. Vou dar um exemplo. Teve um determinado momento que um atleta foi contratado para jogar na Alemanha e o diretor disse que tinha um ano para se adaptar. Ele é um ser humano igual a nós, precisa de tempo de maturidade, adaptação a uma camisa pesada, naturalidade. É o Flamengo e a torcida que passa carinho para ele que possa se desenvolver"

Pedro

"A equipe está em formação e se moldando. Hoje tem dois atletas de velocidade de lado que potencializam o 9. As vezes com o lateral atacando mais a última linha ou construtor. Ainda tem o Varela que preparamos para os dois lados. Vai tendo possibilidades e ajustes para tirar proveito quando tem jogadores pelo lado e articuladores por dentro. Possibilita o ponto de equilíbrio"

Pulgar

"Joga muito. Ou box to box ou posicional, pode escolher. Pronto. A qualidade técnica que tem, pode usar nas duas funções. Se quer mais posicional, ele dá. Se quer liberar, vai fazer porque tem qualidade técnica individual."

Gerson

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"Eu não gosto do termo tirar da zona de conforto. Ninguém gosta de sair, conforto é confiança. Ser desafiado em alguma situação, eu vejo como positivo. O Gerson pela esquerda fica mais natural por ali, ele domina mais o setor. O conjunto da obra é o ajuste, a parceria é importante. O Arrascaeta também fez seu melhor jogo. Saímos direto pela direita e vínhamos com alguém passando. Nós também vamos aprendendo as características dos atletas."

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