Abel quer 'samba' e verticalidade para Palmeiras decolar rumo ao título

O Palmeiras assumiu a liderança provisória do Brasileirão ao vencer o Inter, ontem (11), por 3 a 0. E para a arrancada cujo objetivo é o título, Abel Ferreira tem suas apostas: "samba" e verticalidade.

O que aconteceu

Em entrevista coletiva após o triunfo na Arena Barueri, o português afirmou que não gosta de sua equipe tocando para o lado ou para trás, mas que "quer ver samba".

A analogia serve para citar a forma de jogar da equipe quando retoma a bola, buscando chegar ao gol adversário em poucos passes.

Além disso, o treinador valorizou o grupo de jogadores dizendo que se orgulha de comandar o Alviverde. Para isso, citou os casos de Endrick e Rony, que viveram oscilações na temporada, mas seguem fundamentais ao time.

Tenho muito orgulho de ser treinador deste time, que dá o melhor sempre que pode e que luta até o fim. A comissão técnica faz a mesma coisa. É normal que venham críticas boas ou ruins. Nesses três anos em que estou aqui, o Palmeiras joga todas as competições para disputar até o fim. O Vanderlan entrou e a pergunta não é por que joga, é o que eu quero com aquela posição: verticalidade, que corra para frente, não toque para o lado e para trás, o que fazem 90% dos times do Brasil, jogam para o lado e para trás. Eu quero samba, verticalidade, fazer gols.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras.

Verticalidade, jogadores e briga pelo topo

Quando ser vertical. "Quando falo em verticalidade é quando roubamos a bola, daí em quatro passes precisamos estar concluindo. Isso é um comportamento em transição ofensiva, olhar para frente, ser vertical. Se não tiver condições, temos que iniciar outro processo, fazer a circulação de bola para mexer a defesa do adversária, são momentos do jogo. Ainda temos esquemas táticos em que somos fortíssimos. E por último é a qualidade do jogador. Os melhores treinadores do mundo dizem que os melhores jogadores fazem coisas diferentes, abrem o jogo contra adversários fechados".

Endrick e Rony vão ajudar. "O Endrick enquanto tem energia, fica lá dentro (do campo). Depois, eu posso fazer uma pergunta: por que tenho outros 11 jogadores sentados no banco de reservas comigo? É para ver o jogo inteiro? Vocês (jornalistas) já viram esse aparelho que jogamos? Ele mede quanto corre, a velocidade... Um carro, quando perde rendimento, é altura de trocar. O Endrick fez o que tinha que fazer, estamos muito contentes com ele, começou bem a temporada, teve um período difícil, voltou graças a trabalho e dedicação dele. Por isso é um jogador especial, foi vendido com uma idade especial para um clube especial. O Rony é o contrário, começou bem, caiu, está voltando. Todos os jogadores têm altos e baixos e não faço isso que tem que jogar sempre os mesmos. Aqui parece que alguém diz que tem que ser sempre os mesmos. Quem sabe isso? O Endrick foi bem, ajudou, o Rony ajudou, foi espetacular".

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Abel não faz contas para ser campeão. "Eu estou tão preocupado com essas contas que não as fiz. O que me preocupa é preparar minha equipe. Agora temos Botafogo contra Bragantino, e eles que se desenrasquem".

O mérito é dos jogadores. "O treinador tem muito pouco nas vitórias, na minha opinião. São os jogadores que chutam, jogam, decidem. A função do treinador é criar um espírito muito forte e dar condições para a equipe. No resto são eles que fazem a diferença. Qualquer elenco faz de mim um bom treinador ou me manda embora, porque os jogadores estão acima de tudo. Minha missão é ajudar eles a serem melhores jogadores. Eu sou um treinador, quer gostem ou não, que tem autoconfiança. Sei das minhas capacidades".

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