Batalha do Pacaembu, ira após rebaixamento: brigas generalizadas no futebol
Do UOL, em São Paulo
12/11/2023 04h00
Torcedores de Cruzeiro e Coritiba invadiram o gramado e protagonizaram ontem uma briga generalizada na Vila Capanema. O UOL separou alguns outros casos em que um estádio de futebol virou palco de uma batalha campal no Brasil.
Batalha do Pacaembu
Em 1995, Palmeiras e São Paulo disputaram a Supercopa de Futebol Júnior, torneio que reunia os campeões e vices da Copinha. A partida, disputada em 20 de agosto daquele ano, foi empatada para a prorrogação e previa o "gol de ouro" — ou seja, quem marcasse, ganhava.
Torcedores do Palmeiras invadiram o gramado após o gol do título e o confronto generalizado começou. Alguns palmeirenses começaram a provocar os rivais, que derrubaram o alambrado e foram de encontro a eles — dando início à tragédia.
A Batalha do Pacaembu, como o episódio violento ficou conhecido, terminou com 102 feridos e um morto. O palmeirense Adalberto Benedito dos Santos foi condenado a 12 anos de prisão pela morte do são-paulino Márcio Gasparin da Silva, de 16 anos.
Ira do rebaixamento
O jogo válido pela última rodada do Brasileirão de 2009 acabou da pior maneira possível para o Coritiba. Jogando em casa, o Coxa empatou, foi rebaixado, viu o Flu se salvar e presenciou uma selvageria da torcida.
Torcedores invadiram o gramado e passaram a brigar com policiais. A confusão só foi apartada após a força policial começar a usar balas de borracha.
Athletico x Vasco
A Arena Joinville foi palco de pancadaria no duelo entre Athletico-PR e Vasco, em 2013. A cena ocorreu ainda no primeiro tempo.
Torcedores dos dois times brigaram na arquibancada e paralisaram o duelo em mais de uma hora. Eles romperam a barreira de separação e iniciaram um confronto que chegou a causa traumatismo craniano em um homem.
Athletico x Atlético-MG
O árbitro Savio Pereira Sampaio mal tinha apitado o início do segundo tempo quando precisou paralisar a partida. O duelo, válido pela 33ª rodada do Brasileirão de 2021, estava sendo disputado na Arena da Baixada.
O motivo foi uma briga entre torcedores adversários na arquibancada — mesmo separados. A proteção de acrílico evitou que as agressões se tornassem generalizadas e a força de segurança conseguiu conter maiores danos.