Rubens Lopes, presidente da Ferj e vice-presidente da CBF, demonstrou preocupação sobre o que considerou ser uma "escalada crescente" da violência e questionou os órgãos gestores do futebol brasileiro.
"Onde estão os clubes, as federações e a CBF diante do gravíssimo problema que, em escalada crescente, a cada dia e cada vez mais, ameaça o futuro do produto futebol?", apontou o dirigente.
O que aconteceu?
O texto integra uma convocação a uma campanha educativa e de conscientização da Ferj, e a ideia é contar com a participação de personagens envolvidos no futebol.
A mensagem foi divulgada no dia seguinte à briga generalizada entre torcidas de Cruzeiro e Coritiba, que chegou ao campo. Também houve confusão no Goytacaz x Duque de Caxias, pela terceira divisão do Carioca.
Hoje, Alessandro, gerente de futebol do Corinthians, tentou invadir uma sala que pertenceria à arbitragem na Arena do Grêmio, no intervalo do jogo.
"Que me desculpem os insensíveis, simplistas ou contrários, mas a FERJ sente-se extremamente incomodada, atingida e provocada a reagir e não aplaudir ao status quo instalado frente a tão grave problema que está invadindo nossas instituições", disse, em trecho.
Veja na íntegra:
"A culpa é minha e eu coloco em quem quiser
Onde estão os clubes, as federações e a CBF diante do gravíssimo problema que, em escalada crescente, a cada dia e cada vez mais, ameaça o futuro do produto futebol, com protagonismos e demonstrações intramuros de atos de violência, intimidações, desrespeito e ameaças, como se tudo isso fosse aceitável, cabível e insignificante?
Estaremos todos cegos, míopes ou acomodados à sombra das soluções unicamente emanadas do poder público, das cobranças ao judiciário ou simplesmente na expectativa, cada vez maior, da repressão policial às manifestações de inaceitáveis atos antissociais, deseducados, de vandalismo e de violência? Será que estamos perdendo a oportunidade de refletir e mostrar à sociedade que se tem a capacidade de contribuir para as soluções, ou simplesmente abdicar numa confissão límpida de inércia, insensibilidade, acomodação ou incompetência para contribuições que possam, ao menos, minorar tais fatos?
O noticiário esportivo está perdendo espaço para o noticiário criminal e de desajustados.
Que me desculpem os insensíveis, simplistas ou contrários, mas a FERJ sente-se extremamente incomodada, atingida e provocada a reagir e não aplaudir ao status quo instalado frente a tão grave problema que está invadindo nossas instituições, depreciando e desacreditando o futebol brasileiro, motivo pelo qual conclamo a quem queira participar dessa mobilização para que abandonem o conforto do "não tenho nada a ver com isso"."
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