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Seleção brasileira se vê sem medalhões e com nova espinha dorsal

André e Lucas Perri chegam à Granja Comary para treinos da seleção Imagem: Joilson Marconne / CBF

Do UOL, em Teresópolis (RJ)

14/11/2023 04h00

A seleção brasileira nesta data Fifa passa por uma reformulação ampliada pelas lesões. A mescla entre a chegada natural de jovens e os problemas físicos afeta até mesmo a espinha dorsal do Brasil nos últimos anos.

Contra Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias, nada de Danilo, Casemiro e Neymar — todos machucados. Sem medalhões, a seleção de Fernando Diniz terá que se reinventar. Não necessariamente no aspecto tático. Mas novos nomes ocuparão espaços de velhos conhecidos.

Dos titulares na Copa, por exemplo, a seleção pode ter só quatro remanescentes: Alisson, Marquinhos, Raphinha e Vini Jr.

As brechas deixadas pelos medalhões

Diniz vai definir a partir do treino de hoje (14) se Rodrygo será mesmo o substituto de Neymar como camisa 10. Ele já fez essa função, por exemplo, durante a Copa 2022.

No meio-campo, André parece o substituto natural de Casemiro. Até pela intimidade e assimilação do sistema de jogo de Diniz no Fluminense. Mas se o técnico quiser alguém um pouco mais experiente, a dupla com Bruno Guimarães pode ser formada por Douglas Luiz.

No ataque, Gabriel Jesus está sem condições físicas, já que não vem treinando no Arsenal. E aí? Endrick, João Pedro e até Paulinho podem jogar por ali, centralizados.

Sem Danilo, Emerson Royal é o único lateral-direito de ofício convocado no momento. Pepê pode ser improvisado por ali.

Os primeiros passos de uma geração

Os números ajudam a formar o retrato da renovação na seleção. Entre os jogadores de linha convocados atualmente, ninguém tem mais de 30 anos. Na lista toda, só o goleiro Alisson ultrapassou essa barreira (tem 32). Ederson, de 31 anos, faria companhia ao jogador do Liverpool, mas foi cortado e substituído por Bento.

Além da questão da idade, vem a relativa falta de experiência na seleção: dos 24 convocados, só três têm mais do que 25 jogos com a amarelinha: Alisson (61), Marquinhos (82) e Gabriel Jesus (63).

Esse número de 25 jogos se alcança, por exemplo, em um ciclo completo de Eliminatórias (18 jogos) e uma outra competição oficial (sempre tem ao menos um amistoso imediatamente antes dela). A Copa América tem seis partidas e a Copa do Mundo, sete.

Como Gabriel Jesus está machucado, Marquinhos deve ser o remanescente de outros ciclos com Tite e Dunga na seleção.

Além dos goleiros Lucas Perri e Bento, a seleção tem cinco jogadores de linha que ainda não tiveram um minuto sequer em campo pelo Brasil: o zagueiro Nino e os atacantes estreantes João Pedro, Endrick, Paulinho e Pepê.

Dinizismo mais claro

Esta é uma convocação em que Fernando Diniz optou e precisou se desvencilhar mais do legado de Tite e do interino Ramon - em termos de nomes. E isso ficou mais explícito no ataque.

A seleção brasileira estará à prova na quinta-feira (16), contra a Colômbia, em Barranquilla, às 21h (de Brasília). Depois, no dia 21, enfrenta a campeã do mundo Argentina no Maracanã, às 21h30.

Um Brasil de novatos (número de jogos)

Goleiros

Bento - 0
Alisson - 61
Lucas Perri - 0

Zagueiros

Marquinhos - 82
Gabriel Magalhães - 4
Bremer - 3
Nino - 0

Laterais

Renan Lodi - 18
Emerson Royal - 8
Carlos Augusto - 1

Meio-campo

André - 2
Bruno Guimarães - 16
Douglas Luiz - 9
Joelinton - 4
Raphael Veiga - 5
Rodrygo - 18

Atacantes

Raphinha - 18
Vini Jr - 24
Martinelli - 7
Paulinho - 0
Pepê - 0
João Pedro - 0
Endrick - 0
Gabriel Jesus - 63

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