Com sua tradicional prancheta, o colunista Paulo Vinícius Coelho explicou no De Primeira qual foi o maior erro de Fernando Diniz na derrota de virada do Brasil para a Colômbia. Segundo PVC, mais do que nas contestadas alterações, o treinador errou no modelo de jogo.
Para mim, o erro principal ontem não foi nas alterações, como foi contra o Uruguai, em Montevidéu, em que o Diniz errou ao colocar o Richarlison no lugar do Neymar, não foi tanto nas alterações, o erro é anterior. Tem o erro de não entender que o jogo era o Luis Díaz, do ponto de vista emocional e do ponto de vista tático, e tem o erro de você ter um meio de campo que não existe, são dois homens. PVC
Mattos: Seleção teve problema no meio, e Diniz mexeu mal
Presente em Barranquilla na derrota da seleção, Rodrigo Mattos destacou o vazio no meio de campo do time montado por Diniz.
O Diniz admitiu que teve problema defensivo, e eu perguntei: 'o que você achou que não funcionou?' A visão dele é que faltou agressividade e houve um problema na transição defensiva, mas ele entendeu que quando o time estava postado, estava postado corretamente, mas não estava agressivo na marcação, esse foi o principal problema na visão dele. Eu tendo a concordar mais com o PVC. Acho que, além da falta de agressividade, tinha um problema tático. Tinha muito espaço para o Luis Díaz e principalmente uma falta de meio de campo. O que aconteceu? O Brasil teve 60% de posse, mais do que a Colômbia, só que ele tinha a posse atrás, na defesa. Quando ele conseguia sair da zona de pressão — e saiu várias vezes porque o André jogou uma partida muito boa, apesar de todo esse cenário —, já ia direto para o ataque, o meio de campo não participava do jogo. Era o André com essa saída, mas o resto não tinha meio de campo, tanto que o Brasil pegava muito espaço nas costas da Colômbia — nisso o Diniz tem razão, quando ele disse que o Brasil teve muitas chances com superioridade. Rodrigo Mattos
Classificação e jogos
Na visão do colunista do UOL, Diniz mexeu mal quando Vini Jr. saiu lesionado. Perdeu velocidade e não resolveu o problema do meio de campo.
Eu discordo um pouco das mexidas dele. Para jogar desse jeito, era melhor o Endrick do que o João Pedro, quando saiu o Vinicius. O João Pedro hoje em dia é um jogador mais encorpado, fez um certo pivô, é outro estilo, tanto que quando o Endrick entrou, ele conseguiu armar umas duas jogadas. Para jogar desse jeito de transição, que eu não acho o melhor, acho que deveria ter um jogador a mais no meio de campo, que ficou muito exposto, precisa ter mais jogo de meio de campo, mas pela proposta que tinha, talvez a entrada do Endrick fizesse mais sentido do que a do João Pedro, porque manteria essa característica de velocidade quando consegue sair da pressão. Rodrigo Mattos
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