Rodrygo diz que falta de tempo não é o que faz seleção jogar mal com Diniz

O atacante Rodrygo disse hoje (18) que a questão do tempo não é o que faz a seleção ainda estar jogando mal sob o comando do técnico Fernando Diniz.

"Acredito que pela qualidade dos jogadores da seleção, a gente não precisa de todo esse tempo que falam. No jogo contra a Colômbia, começamos muito bem, fizemos tudo que o Diniz pediu, fizemos um gol rápido, tinha tudo para ganhar o jogo. Por um momento a gente se desligou. Acho que é muito mais responsabilidade nossa do que do Diniz porque ele passou tudo que a gente tinha que fazer. Ele falou para não deixar fazer o cruzamento que a gente ia tomar o gol e foi onde tomamos os dois gols. A partir do momento que fizemos tudo que ele pediu, deu certo", disse o atual camisa 10 da seleção, em coletiva na Granja Comary, após o treino.

Ainda sobre o tempo. "Não precisamos de tanto tempo assim. Claro que é um futebol diferente de todos os outros, tem um tempinho diferente, mas não é uma coisa muito longa para mudar. Acho que com a qualidade de todo mundo, todos conseguem pegar rápido".

Dinizismo. "Todos os treinadores têm suas características e acho que as minhas encaixam com o que o Diniz pensa de futebol. Entendo e ele também me diz que preciso melhorar muitas coisas, todos os aspectos do meu jogo. Uma coisa que ele cobra bastante é o aspecto defensivo, pra gente pressionar, estar sempre marcando. Muitas vezes pensamos só em jogar, em decidir o jogo com uma bola, mas às vezes roubando uma bola a gente pode ser muito importante para a equipe. Essa é uma das características que quero melhorar e tenho aprendido muito com o Diniz. Sempre ser agressivo, me movimentar".

Chato? "Ele está sempre na beira do campo gritando muito comigo, tem hora que confesso que é chato, mas sei que é pro meu bem e estou muito feliz de estar trabalhando com ele e espero que a gente fique por um bom tempo e que as coisas voltem a dar certo".

Outras respostas de Rodrygo

O que esperar da Argentina

"É difícil prever. É sempre um jogo que independentemente da situação que eles estejam e a gente também, é difícil falar antes. Temos que tomar cuidado, respeitar o adversário e acho que eles vão respeitar a gente da mesma forma, tomando cuidado com todos os jogadores perigosos. Não dá pra falar se vão pressionar ou esperar, é uma dúvida pra gente ainda".

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Qual característica do Rodrygo como camisa 10?

"Tentar me adaptar nesse função de camisa 10. Todos esses nomes, é uma responsabilidade, jogadores que fizeram história pelo nosso país. É tentar agarrar essa oportunidade da melhor maneira. Sei que sou mais atacante, agora jogando nesse função nova. É tentar me adaptar e fazer meu melhor. Espero que tudo saia bem".

Jogo diferente na carreira?

Brasil x Argentina é sempre diferente. Estava sempre conversando com a minha família antes de vir. Pensamos muito nesse jogo. Brasil x Argentina no Maracanã é especial. Mesmo com pouca idade e já tendo experiência em jogos grandes, esse vai ser um top-3 de jogos mais importantes pra mim.

Precisa melhorar a articulação de jogadas?

"Precisamos trabalhar muito, mas não só a criação. A parte defensiva também. Eu falo disso porque eu sou um dos primeiros que tem que começar a pressão lá. A responsabilidade é muito grande pra mim também, além de criar jogadas, ter que fazer gol, tenho que defender muito bem também porque é uma coisa que o Diniz pede bastante. Não dá para falar só de melhorar na parte de criação, articulação. Não, tem que melhorar em tudo. É nisso, é defensivo? Tem que ser um time completo, pois só sendo um time completo a gente vai conseguir ganhar jogos e campeonatos".

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Ausências e mudanças

"É sempre bom ter um time, uma base, uma ideia onde está todo mundo acostumado, mas acredito muito na qualidade dos jogadores que tem aqui. Entrando um e saindo outro, não tem que mudar. Diniz passa uma ideia para gente e todo mundo tem que comprar a ideia e seguir naquilo. Claro que jogadores tem características diferentes, mas todo mundo comprando a ideia e fazendo aquilo que o Diniz pediu, fica mais fácil, independentemente de quem está em campo. É o que faltou para gente no último jogo. Começamos bem, com muita atitude, mostrando que era realmente a seleção brasileira e depois a gente parou. No segundo tempo tomamos os gols e perdemos o jogo. Não vejo tudo errado, como também não está tudo certo, temos que melhorar muita coisa, não estamos em um momento tão bom assim. Aproveitamos esse momento para pedir apoio do público brasileiro, contando com apoio de vocês fica ainda mais fácil jogar um Brasil x Argentina no Maracanã".

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