São Paulo vira contra o Corinthians na 1ª final do Paulistão Feminino

O São Paulo se impôs contra a poderosa equipe do Corinthians na Vila Belmiro, superou o rival de virada por 2 a 1 e saiu na frente pelo título do Paulistão Feminino. Aline e Ariel marcaram para o Tricolor, que encerrou uma invencibilidade de 25 partidas das "Brabas".

O resultado deixa a equipe treinada por Thiago Viana mais perto de conquistar o seu primeiro troféu desde 2019, ano em que a equipe foi reativada pela diretoria. Um empate na semana que vem é suficiente para o time do Morumbi ficar com a taça.

Corinthians e São Paulo fazem o último jogo do torneio no outro fim de semana. O duelo de volta, marcado para a Neo Química Arena, ocorre a partir das 10h30 (de Brasília) do domingo (26). Em caso de vitória alvinegra por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis.

Como foi o jogo

O 1° tempo iniciou morno e esquentou, de vez, só a partir dos 30 minutos: Vic Albuquerque mostrou faro de artilheira em dia e abriu o placar após bate-rebate, mas Aline Milene encaixou lindo chute em rebote de escanteio e empatou. Ariel ainda chegou a balançar as redes para as mandantes, mas o lance foi invalidado por impedimento.

Na etapa final, o Tricolor mostrou mais ofensividade e virou após as trocas feitas por Thiago Viana. O treinador acionou a jovem Dudinha, que precisou de pouco tempo para mudar o cenário do jogo: ela partiu para cima da zaga do Corinthians e sofreu o pênalti convertido por Ariel, que decretou a vitória do São Paulo na Vila.

O último lance teve polêmica: pressionando as rivais, o Corinthians reclamou de um pênalti de Gláucia, que colocou o braço na bola ao bloquear cruzamento. A árbitra chegou a dar pênalti, mas foi corrigida pelo VAR e aplicou "apenas" falta a um passo da grande área — que não gerou perigo ao gol de Carlinha.

Gols e destaques

Estratégias opostas. A partida começou com um São Paulo valorizando o posicionamento defensivo para apostar em erros alvinegros. A equipe de Rodrigo Iglesias não ofereceu campo para o rival agredir, mas também mostrou pouco poder ofensivo nos primeiros minutos de duelo.

Continua após a publicidade
Início de São Paulo x Corinthians, jogo da final do Paulistão Feminino, foi bastante truncado
Início de São Paulo x Corinthians, jogo da final do Paulistão Feminino, foi bastante truncado Imagem: REINALDO CAMPOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Artilheira aparece e marca. O Corinthians mostrou eficiência e abriu o placar aos 31 minutos com Vic Albuquerque, artilheira do torneio. A maior goleadora da historia do alvinegro aproveitou bola espirrada na entrada da área, ficou cara a cara com Carlinha e deslocou a adversária — a bola ainda tocou na trave antes de morrer no fundo do gol das mandantes: 1 a 0.

Reação premiada com gol. O São Paulo igualou o marcador menos de dez minutos depois. Após escanteio da esquerda, a bola foi afastada pela zaga alvinegra e parou nos pés de Aline. A meio-campista emendou lindo chute rasteiro de primeira, que passou na frente de ao menos três corintianas antes de acabar na meta defendida por Lelê: 1 a 1.

Centímetros ajudam o Corinthians. A virada tricolor quase saiu nos acréscimos do 1° tempo: Ariel recebeu lançamento em profundidade pela ponta direita, tirou a goleira adversária com um lindo drible e tocou a bola para as redes. A arbitragem, no entanto, marcou impedimento quase que milimétrico da atacante — a irregularidade foi confirmada pelo VAR menos de um minuto depois, fato que manteve o empate até o intervalo.

Thiago Viana mexe e colhe frutos. As mandantes mudaram a estratégia para a etapa final e voltaram dos vestiários mais ofensivas. Em meio às investidas, o técnico do Tricolor sacou Aline para acionar Dudinha — e foi justamente a partir do "reforço" que surgiu a virada. A meia de 17 anos recebeu pela esquerda, invadiu a área em velocidade e foi atropelada por Tarciane dentro da área já na casa dos 31 minutos. A arbitragem marcou pênalti, e Ariel, com categoria, venceu Lelê: 2 a 1.

Clima quente em último lance. O Corinthians chegou a pressionar as rivais em meio aos oito minutos de acréscimo, mas a zaga são-paulina mostrou solidez e bloqueou uma série de passes alvinegros. Diante da dificuldade de infiltração, as visitantes apostaram em cruzamentos: um deles, já no minuto final do confronto, acertou o braço de Gláucia perto da linha da área — a árbitra chegou a dar pênalti, mas foi corrigida pelo VAR e assinalou falta que acabou em bola afastada. A jogada foi a última de relevância do clássico.

Deixe seu comentário

Só para assinantes