Argentino que enfrentou o Brasil vira Uber e tem futuro incerto no futebol
Do UOL, em São Paulo
20/11/2023 18h17
Classificação e Jogos
O lateral direito argentino José Luis Gómez, que jogou contra a seleção brasileira em 2017, dirige carro de aplicativo depois de treinos enquanto aguarda para saber como será seu destino no futebol.
Da lateral de campo ao volante de carro
O jogador de 30 anos tem contrato com o Racing até o final deste ano. Ele recebeu no início de 2022 uma chance de retornar ao clube que o revelou.
Porém, ele treina separado há mais de um ano e não deve seguir no time, de acordo com o jornal Olé. O lateral não disputa uma partida oficial desde junho de 2021.
O jogador passou a trabalhar como motorista de Uber nas tardes e noites após as atividades que realiza com um preparador físico. O pai do atleta, José Luís, contou ao diário argentino que o filho costuma ajudar financeiramente a família com o trabalho.
Há seis anos, Gómez jogou ao lado de Messi na vitória da Argentina por 1 a 0 sobre o Brasil, em amistoso disputado na Austrália em 2017. Ele já havia defendido a seleção sub-23 de seu país nos Jogos Olímpicos de Rio-2016, era uma das promessas do país na posição e foi convocado pelo então técnico Jorge Sampaoli.
Ele foi titular, mas precisou ser substituído após machucar o joelho — e foi quando tudo começou a desmoronar. O jogador rompeu o menisco e acelerou a recuperação para jogar o final da temporada.
Erro em final e carreira ameaçada
Gómez foi o "vilão" da derrota do Lanús na final da Libertadores de 2017, contra o Grêmio. Ele errou o passe que resultou no gol de Fernandinho, no jogo de volta.
O lateral lidou problemas físicos e psicológicos desde então e nunca mais foi o mesmo. Ele seguiu no Lanús até 2020, tendo realizado poucos jogos nesse intervalo de tempo, e depois foi emprestado ao Huracán antes de chegar no Racing.
O jogador chegou a colocar o futuro da carreira em xeque outras vezes. Se não encontrar um novo time após o fim de seu contrato, Gómez pode, de fato, pendurar as chuteiras.
Sempre fomos uma família humilde, ele nos ajuda. Após o treino, ele vai trabalhar com o carro à tarde, às vezes, mais à noite. Espero que ele consiga algo, para continuar fazendo o que sabe de melhor e ser feliz dentro de campo. José Luis, pai do lateral direito, ao Olé