Marquinhos admite seleção em momento delicado antes de enfrentar Argentina
O zagueiro Marquinhos, da seleção brasileira, admitiu que a seleção brasileira vive um momento 'delicado' no processo de adaptação ao estilo do técnico Fernando Diniz. Ressaltou que isso tem mais relação com os resultados. Mas entende que haverá um crescimento e que o clássico diante da Argentina é uma grande oportunidade nesse sentido. O Brasil vem de duas derrotas e um empate nas Eliminatórias da Copa-2026.
"Vamos tentar fazer um grande jogo para contagiar fora (arquibancada). Acho que amanhã pode ser um grande jogo para nosso crescimento, contra um grande adversário, em um grande palco do futebol em um momento delicado do nosso processo, onde os resultados não estão vindo. É esse tipo de jogo que vai fazer a gente crescer bastante", contou o capitão da seleção.
Para o jogador, o processo tem de continuar com conversa constante para correção de eventuais erros no vestiário e no campo. Tanto que apontou que Diniz focou mais nos treinos defensivos durante esse período.
"Tivemos momentos difíceis, mas é o trabalho, a conversa, a sinceridade dentro do vestiário que vamos conseguir melhorar e passar por esses momentos. Claro que sempre queremos que os resultados cheguem mais rápido durante toda essa transição, mas vejo muita coisa boa que se pode colher na frente. Estamos em um começo, uma adaptação a um novo estilo."
Marquinhos ainda reconheceu que esse momento da seleção brasileira é diferente do estágio da Argentina, campeã do mundo.
"São momentos diferentes. Argentina vem de um título mundial, estão mais confortáveis nesse momento. A gente vem em uma mudança de ciclo, de ideias, de convocação com novos jogadores chegando. Sabemos da importância do jogo pra nós e penso que estamos muito focados também", completou.
Outras respostas de Marquinhos
O que evoluir defensivamente e o papel do capitão
"Pra mim é um privilégio estar vivendo esse momento na seleção, mostra tudo aquilo que eu trabalhei desde os quatro anos de idade. Saí de casa cedo, fui buscar meus sonhos e meu sonho era isso aqui: chegar na seleção e viver tudo isso. Essa pressão que vem junto, é fruto daquilo que eu plantei lá atrás e estou colhendo hoje. Tento ajudar meus companheiros assim como já vi liderança de outros. Tivemos momentos difíceis, mas é o trabalho, a conversa, a sinceridade dentro do vestiário que vamos conseguir melhorar e passar por esses momentos. Claro que sempre queremos que os resultados cheguem mais rápido durante toda essa transição, mas vejo muita coisa boa que se pode colher na frente. Estamos em um começo, uma adaptação a um novo estilo. Fico muito entusiasmado para o que podemos colher na frente. Todos estão gostando muito, apesar dos resultados estarem longe daquilo que a gente quer, mas estamos procurando sempre crescer, melhorar, e creio que se a gente reparar nos últimos jogos acho que foi mais questão de detalhe. No último jogo, linha baixa, faltou agressividade e tivemos dois gols em cruzamentos. Contra o Uruguai, dois gols de lateral. Tem coisas boas e ruins que estamos trabalhando. É assim que se é feito. É um caminho para chegarmos bem lá na frente".
Messi
"Messi é um gênio. Jogador diferenciado. Apesar da idade, vai estar sempre fazendo grandes coisas. Aproveitei muito como amigo e companheiro no momento em que ele esteve no PSG, vi muita coisa dele, cresci muito com ele em todos os aspectos. Mas amanhã infelizmente é meu adversário. Estou alertando a todos os meus companheiros o que podemos fazer para tentar? anular não seria a palavra certa, mas tentar tirar cada vez mais as ações dele dentro de jogo. Saber que é um jogador diferenciado que temos que tomar muito cuidado. Muita coisa da seleção argentina passa por ele. É um gênio e temos que ter muita atenção".
Experiência faz falta?
"A qualidade que o Thiago tem vai elevar quem jogar do lado dele. Foi um tempo muito bom que vivi com ele, aprendi muito, tentei usufruir ao máximo da experiência dele para crescer. Penso que é tudo uma questão de ciclo. Outros jogadores aparecem. Outras vezes tiveram mudanças de grandes jogadores, referências que acabam fazendo falta, mas o futebol é assim. Acontecem as mudanças e temos que saber continuar nosso caminho. Não existe uma regra sobre como se vencer. Se falar: 'traz só jogadores experientes que você vai ganhar', não temos essa certeza; 'só traz moleque que a gente vai ganhar', também (não há certeza). É uma questão de ideia, de acreditar naquilo que tem na mão e o professor acredita nesse filosofia de jogo, nesse novo ciclo que está vindo. Basta entrar em campo, trabalhar e ir crescendo. Qualidade não está faltando. Basta criarmos essa casca como time, como grupo, para enfrentar jogos difíceis e crescer para chegar nas grandes competições com essa bagagem".
Endrick
"Primeiro contato que tive, primeiros treinamentos, dá pra ver que é um menino de muito potencial. Isso confirma tudo que eu escutava, que eu via as pessoas falando do momento que ele vive no Palmeiras. Conviver no dia a dia, ver a pessoa que ele é apesar da pouca idade é um menino já muito maduro. Dentro de campo tem uma personalidade grande, potencial grande. Creio que os mais experientes, cabe a nós ajudar na adaptação da melhor forma porque é um menino que pode ajudar a gente no futuro, no presente já também, mas no futuro próximo. Tentei deixar ele à vontade, passar algumas coisas de treinamento, de movimentação, que eu poderia ajudar. Tentar deixar ele na maior tranquilidade para desempenhar o melhor papel na seleção".
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