Abel fala em orgulho, chama torcida e diz: 'Fizemos das tripas coração'

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, exaltou seus jogadores após o empate heroico da equipe contra o Fortaleza, na noite de hoje, na Arena Castelão. O Alviverde jogou a maior parte com um homem a menos, e mesmo assim foi buscar a igualdade no placar duas vezes.

O que ele disse?

Acima de tudo, e é meu maior orgulho, é a atitude. A forma como jogamos, como nunca desistimos. Fizemos das tripas coração para só depender de nós. Temos três finais e precisamos muito da ajuda do torcedor. Abel Ferreira, em coletiva de imprensa após o empate do Palmeiras contra o Fortaleza.

Dou parabéns aos meus jogadores. Ficou evidente a atitude de campeão que essa equipe tem. Jogo difícil, adversário difícil, gramado difícil. Infelizmente, o goleiro do adversário esteve forte nas transições. Futebol é isso.

Com o resultado, o Palmeiras manteve a liderança da competição mesmo com o Flamengo igualando o número de pontos na tabela de classificação. O time de Abel tem vantagem no saldo de gols — 26 contra 17.

O Alviverde volta a campo na quarta-feira (29), às 21h30 (de Brasília), contra o América-MG, no Allianz Parque.

Veja outras declarações de Abel

Elogios ao Fortaleza. "Em primeiro lugar, dizer que viemos jogar na casa de uma equipe que deve ser modelo de boa gestão. De presidente, treinador, clube, região. Parabéns pelo que fizeram na Sul-Americana, infelizmente perderam. Mas o recebimento dos torcedores depois diz tudo. O Brasil precisa desse tipo de exemplo. Parabéns ao Fortaleza".

Críticas superadas. "Há dois meses, o treinador do Palmeiras era fraco, a direção não prestava e os jogadores estavam velhos. Hoje estamos na luta. Independente do que acontecer no fim, essa equipe tem atitude de campeã. Eu tenho um carinho e respeito muito grande pelos torcedores palmeirenses. Mesmo aqueles que são mais cornetas, faz parte. O futebol não seria mágico sem esses torcedores. Mas eu nunca imaginei, quando atravessei o Atlântico, que criaria uma relação tão forte com os meus jogadores e com a torcida".

Relação com a torcida do Palmeiras. "Eu tenho um carinho e respeito muito grande pelos torcedores palmeirenses. Mesmo aqueles que são mais cornetas, faz parte. O futebol não seria mágico sem esses torcedores. Mas eu nunca imaginei, quando atravessei o Atlântico, que criaria uma relação tão forte com os meus jogadores e com a torcida".

O legado de Abel no futebol brasileiro. "Se eu disse tudo o que penso sobre essa pergunta, vão dizer que eu sou arrogante. O legado fica para daqui 10, 15 anos. E está no livro. Eu sou o que sou pela quantidade de livros que eu li. Lia coisas que eu gosto e para todos os gostos. Na minha opinião, esse é o maior legado [apego pela leitura]".

Emocional pós-queda na Libertadores. "Eu vou ter que dizer que fiquei com ciúmes dos torcedores do Fortaleza que apoiaram a equipe depois de perder nos pênaltis. Será que me fiz entender [risos]? Há uma coisa que é diferente. Nós, portugueses, às vezes queremos brincar. E vocês entendem de forma muito literal. Apesar de ser a mesma língua, existem coisas diferentes".

Filosofia de jogo. "Eu procuro fazer com que as pessoas entendam que a minha forma de jogar é mais que uma forma de jogar, é uma filosofia de vida. Que é 'nunca desistir e dar o melhor de mim seja em que função for'. O Palmeiras perguntou qual era minha filosofia de jogo... Eu falei que não era filosofia de jogo, era filosofia de vida que eu replico no futebol".

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