Dorival explica por que James não rende no São Paulo como na seleção
Colaboração para o UOL, em Aracaju
26/11/2023 22h19
Titular do São Paulo no empate sem gols contra o Cuiabá, James Rodríguez não teve boa atuação e foi substituído por Dorival Jr. no segundo tempo.
Após o tropeço no Morumbi, Dorival explicou por que James ainda não jogou no Tricolor o que costuma render na seleção colombiana.
Na sua seleção, James conhece praticamente a característica de todos os companheiros, ele já está na seleção colombiana há muitos anos, com certeza todos esses encontros mensais facilitam para um atleta do nível dele. A própria seleção se adapta às características que o James possui e ele se dá muito bem, a doação dele na seleção acontece de maneira muito mais natural. Dorival Jr, técnico do São Paulo
Dorival pediu mais tempo para adaptação do colombiano. Em 14 jogos pelo São Paulo, James tem um gol e três assistências.
Ele vai precisar de um tempo um pouco maior, mas ele está buscando, trabalhando com intensidade e nós vamos tentando os encaixes para a melhor situação possível. Dorival Jr, técnico do São Paulo
Trio não funciona, e São Paulo tropeça
Sem Calleri, Dorival apostou em Lucas, James e Luciano contra o Cuiabá, mas o trio não funcionou. O time teve mais a bola, mas faltou finalização e chance de gol.
O jogo ficou marcado pela volta de Lucas, que se recuperou de lesão muscular, foi titular e só deixou a partida no segundo tempo. O ídolo tricolor teve a melhor chance do jogo, mas o experiente Walter salvou o Cuiabá.
Confira outros trechos da coletiva
Seca de gols do time sem Calleri
"Prefiro acreditar que seja momentâneo, até porque o Erison e o David estão voltando de lesões demoradas e leva um tempo para readaptação completa. As pessoas não tem ideia do que é retornar de uma lesão séria e conseguir desenvolver na plenitude, estamos no final da temporada, as equipes todas com muita intensidade, perde e ganha constante. Para mim, isso é uma contingência, acontece, tem nos incomodado um pouco, mas não podemos jogar a culpa na figura de um atacante, temos que ter cuidado para ter uma equipe fazendo os gols, até porque criação vinha acontecendo, à exceção das duas últimas partidas, quando nos limitamos mais um pouco. Mas, de modo geral, cada partida tem suas características e acredito muito que o volume de jogo que sempre temos vai nos fazer encontrar o caminho do gol."
Fiel da balança do Brasileirão?
"Teremos jogos difíceis, complicados, assim como todas as equipes que estão perto de uma zona ou de outra, buscando classificações, buscando chegarem entre os quatro da competição, fugindo dos quatro da zona. Tudo isso tem um peso muito grande, cada rodada nos mostra um peso muito interessante, por isso estão todos alertas e conscientes de que as dificuldades vão aumentar. Daqui para frente, são muitas disputas, muitas perdas de pontos importantes e o São Paulo não vai fugir disso, mas vamos lutar pelo que nos resta, que é a melhor colocação esse ano. Nós teremos três jogos que tentaremos fazer nosso melhor, independente do que possa acontecer: o São Paulo tem obrigado de buscar o melhor resultado possível, se doando, deixando tudo dentro de campo. O que aconteça vai ser a favor de alguns e contrário a outros, mas temos que fazer nossa parte, temos caráter para enfrentar essa situação sem pensar no entorno. Temos que respeitar todos e nossa forma de respeitar é fazendo o melhor dentro de campo."
Jejum de vitórias fora de casa
"Não é uma obsessão, lógico que queremos os resultados. Eu pontuo cada uma dessas derrotas e muitas delas o São Paulo merecia um resultado melhor, é natural que incomode, nós poderíamos ter uma campanha muito melhor nesse momento, brigando por outras possibilidades na competição, mas não podemos esquecer que tínhamos duas competições paralelas. O São Paulo priorizando todas elas, tentando fazer o seu melhor e complementando o Brasileiro como dava, isso daí também é um aspecto importante. Muita gente explora isso, mas não me preocupo com isso, tenho certeza que o campeonato do ano que vem será diferente, teremos que nos preparar ainda melhor, teremos outras competições, mas já conscientes daquilo que vamos querer. Não adianta, toda equipe que entrar nas três competições querendo se dar bem, não adianta, no futebol brasileiro é impossível, até pelo momento de definição, que se chocam, se batem e todos acontecem no mesmo período, é um processo muito complicado. Por melhor que sejam os plantéis, não é fácil chegar nas três ao mesmo tempo."