Corinthians: Mano conta o que fez após vexame e divide méritos até com Luxa
O técnico Mano Menezes, do Corinthians, comentou como motivou o time após a goleada sofrida na Neo Química Arena e dividiu méritos pela vitória de virada sobre o Vasco até com seu antecessor no cargo.
Confiança aos jogadores: "O que eu fui fazer é dar confiança para eles, dizer que aquilo tinha acontecido em função de coisas do futebol. Talvez até algumas daquelas bolas que entraram no último jogo eram daquelas La Plata [do jogo contra o Estudiantes], que não entraram. A gente tem que assimilar e ter que aceitar."
Acidente de percurso: "Tivemos um acidente no nosso último jogo em casa, grave, grande, mas hoje a gente comprovou que foi um acidente. Essa resposta que o time deu em campo e comprovou. Não foi uma vitória magra, time produziu, teve comportamento, determinação, como a gente precisa ter em jogos decisivos como esse. Saio bem contente com isso e vamos trabalhar para cada vez mais."
Mérito de Luxa: "A gente tem garotos de muita boa qualidade. Vou ressaltar aqui os méritos do Vanderlei [Luxemburgo], lançou os meninos no mento muito difícil, necessário, clube jogava três competições. Talvez tenha sido emergencial demais, mais rápido do que o ideal, mas já estamos colhendo os frutos, eles vão amadurecendo".
Classificação e jogos
Peso da experiência: "Importância está em eu ter passado e ter vivido situações como essa no passado para não chegar em três dias e fazer um monte de alteração e piorar a situação. Tendência nesses casos é que ninguém presta, que todo mundo é velho... Pessoal até chama jogador nosso de INSS, é desrespeito".
Resposta rápida: "Não adianta tapar o sol com a peneira, se não detectar as coisas que precisam ser feitas, não vamos conseguir dar resposta tão rápida como foi. Fui esse cara que disse que acreditava neles, que ia repetir a maior parte da formação dos jogadores, que não ia fazer mudança da água para o vinho. Se fizesse isso, estaríamos perto de uma nova derrota e ia complicar a situação".
O que aconteceu
Mano afirmou que não fez mudanças "da água para o vinho" e que a atuação em São Januário provou que o vexame em casa foi um "acidente". Ele destacou que sua experiência em situações semelhantes foi importante para detectar o que tinha que ser feito após a derrota por goleada.
O técnico acrescentou que passou confiança aos jogadores e citou a participação de Luxemburgo com os jovens. Moscardo e Giovane, ambos da base, marcaram seus primeiros gols pelo profissional na partida e foram decisivos para a vitória por 4 a 2.
O Corinthians respira mais aliviado com o resultado. O time chegou a 47 pontos, pulou para a 11ª colocação e praticamente confirmou sua presença na Série A em 2024, abrindo seis pontos de vantagem para o Bahia, primeiro time no Z4.
O que mais Mano disse na coletiva
Botão liga/desliga: "A gente não tem um botão liga e desliga no futebol. Mesmo que a gente quisesse apagar o resultado do ultimo jogo na nossa casa, ele ia estar presente em alguns momentos do jogo. E esteve presente nos primeiros momentos. Cedemos espaço, Vasco pegou a bola, começou a rodar, baixamos demais, não conseguimos pressionar. A gente sofreu um pouco, mas logo depois equipe teve personalidade de pegar a bola e saber atacar".
Avenida pela direita: "A gente tinha um caminho importante, aberto para nós, que era com Fagner. Pedi para ele adiantar, jogar mais como ponta, obrigaria Payet a ser marcador, eles perdiam um jogador a mais no meio de campo. Mas para isso o time tem que ter a bola e empurrar o adversário. A equipe teve os méritos, fizemos 1 tempo bem jogado".
Arbitragem: "O árbitro adotou um critério para os dois lados, mas deixou de marcar faltinhas, duas vezes no 1º tempo a gente sofreu falta, jogo seguiu e colocamos o Vasco de volta pro jogo. Essas coisas acontecem".
Pressão por resultado: "Jogo que se colocava como difícil, caráter de decisão, muita tensão, pressão sobre o jogo. Felizmente a equipe respondeu bem, alterações surtiram efeito, e conseguimos matar o jogo. Foi importantíssima essa vitória.
Missão na reta final: "Queremos vencer os dois jogos, é o nosso objetivo".
Participação dos jovens: "Queremos contar com eles, agora com um pouco menos de pressão usamos um pouco mais para esses dois jogos".
Moscardo: "Vamos torcer para que fique mais tempo, jogador de qualidade, tem força, capacidade para chegar na frente. Estamos tentando achar o timing de chegar à frente e ficar posicionado como volante, isso é fundamental. Eles [jovens] são muito dedicados, exemplares em comportamento e trabalho, vão aprender rápido. Torço para que mesmo que tenha negociação, fique mais tempo com a gente. Vai ser um jogador que vai alegrar muito o torcedor do Corinthians".
Matheus Araújo: "Ele é jogador que pode fazer duas funções, tanto de Giuliano, pelo lado, como de Renato Augusto, por dentro. Entrou bem em Porto Alegre, também em circunstância muito dificil, com a gente com 10, fez papel muito bem feito.
Giovane: "A gente vem preparando ele, ainda não está em condição ideal, mas consegue fazer a função de retenção de bola na frente com característica de jogador que sabe armar a jogada. Por isso foi escolhido em vez do Felipe [Augusto]. Como já estávamos em vantagem, seria necessário segurar para tentar armar uma jogada para matar o jogo".
Transição na presidência do Corinthians: "O futebol é presidencialista, então quem chama é o presidente. Estou à disposição para sentar e falar das coisas importantes que eu vejo para o Corinthians Tão logo quiserem, vamos sentar, da mesma maneira como o presidente Duilio se colocou à disposição, eu me coloco".
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