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10 erros que fizeram o Santos ir para última rodada com a corda no pescoço

Andres Rueda, presidente do Santos, no jogo contra o Botafogo, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão Imagem: Abner Dourado/Agif

Gabriela Brino

Do UOL, em Santos (SP)

06/12/2023 04h00

O Santos enfrenta o Fortaleza hoje, às 21h30, na Vila Belmiro, pela última rodada do Brasileiro. Na briga contra o rebaixamento, o time de Marcelo Fernandes precisa vencer para escapar dependendo só de si.

A crise é reflexo de uma temporada com tomadas de decisões duvidosas. O UOL listou 10 erros que levaram o Peixe ao atual momento.

Ano de "investimento"

O presidente Andres Rueda terminou o ano de 2022 afirmando que a próxima temporada seria de maior tranquilidade e investimento. A fala ocorreu logo após a luta contra o rebaixamento, de novo, assombrar o Peixe. A expectativa, porém, foi frustrada pelas más escolhas por reforços e treinadores.

"A situação financeira deixou muito espaço para que tivéssemos feito melhor. Erros acontecem. Em 2023, vamos estar um pouco mais folgados financeiramente. Projeto uma situação muito mais calma. Estamos em boas mãos. Nosso bolso está um pouco mais recheado, em função da criatividade que tivemos para ter recursos", disse o dirigente, em novembro de 2022.

Escola

As escolhas por treinadores também foram um problema neste ano. Rueda tentou Odair Hellmann, Paulo Turra e Diego Aguirre, todos de uma escola mais de força. O trio apresentou um futebol mais defensivo e pouco dinâmico.

Falcão

A chegada de Paulo Falcão também foi um erro. A diretoria contratou o coordenador esportivo apenas pensando no peso do nome.

Rueda buscava alguém para ser o porta-voz do Peixe e um elo entre elenco e direção. Na prática, porém, Falcão não fez nem um, nem outro. Suas aparições, na maioria das vezes, eram nas apresentações de jogadores —nas quais cometia gafes e não acertava o nome dos reforços.

Falcão saiu do Santos em agosto, após uma suposta acusação de importunação sexual. O Peixe não se pronunciou sobre o caso.

E os laterais?

Se o atacante Lucas Braga está jogando improvisado na lateral é porque o planejamento para contratações foi erro. Na última janela a diretoria tentou consertar a situação da lateral direita e investiu em três jogadores que não se provaram dentro do Peixe: João Lucas, Gabriel Inocêncio e Júnior Caiçara.

O trio até tem algumas oportunidades, mas não resolveu o problema no setor. Sem opções, Braga é improvisado frequentemente na posição.

Na esquerda, o Santos perdeu Felipe Jonatan, lesionado, e investiu apenas em Dodô, velho conhecido da torcida. Kevyson estreou entre os profissionais, mas, sob pressão, perdeu espaço.

Zaga no limite

Além das laterais, a defesa também sofre. As contratações foram escassas para o setor (apenas Joaquim, Messias e Basso). Além dos três, apenas Jair está entre as opções.

Cinco centroavantes

Enquanto na defesa faltou, no ataque sobrou. O Santos, que tinha apenas Marcos Leonardo como opção de centroavante, contratou Bruno Mezenga, Furch, Silvera e Morelos.

O problema da vez foi a falta de rotatividade na posição, já que o Menino da Vila é titular absoluto. Apenas Furch tem ganhado espaço e é visto como substituto do jovem para 2023.

Trio do Água Santa

O Santos aproveitou a ascensão do Água Santa para fazer investimentos baixos, mas não deu certo. As chegadas de Gabriel Inocêncio, Luan Dias e Bruno Mezenga não funcionaram.

Afastamento do Soteldo

O caso de indisciplina do atacante Soteldo foi mal conduzido pela direção do Santos. Rueda e técnico Paulo Turra optaram por afastar um dos seus principais atacantes por atraso na atividade no CT Rei Pelé.

O Santos notificou o Tigres (MEX) pela compra prevista em contrato, pois cogitou desistir do negócio. Os mexicanos não aceitaram a devolução e Soteldo foi mantido.

Promessa de venda

A diretoria do Santos prometeu ao atacante Marcos Leonardo que ele seria vendido na última janela, mas barrou a saída do jogador enquanto vendia Deivid Washington ao Chelsea (ING). O Menino da Vila ficou muito próximo de selar contrato com a Roma (ITA), mas foi barrado pelo valor ter sido considerado baixo.

O jogador ficou uma semana sem treinar pelo Peixe por estar "sem cabeça" diante da indefinição do seu futuro. No fim, a situação foi contornada.

Velho conhecido

O retorno do goleiro Vladimir ao Santos foi mais um erro da gestão. O jogador retornou ao Peixe com contrato longo por indicação de Arzul, preparador de goleiros do clube. O jogador, porém, não tem bom histórico recente é bastante criticado pela torcida.

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