Fifa ameaçou CBF com punição antes de Justiça retirar Ednaldo do cargo

A Fifa e a Conmebol ameaçaram punições à CBF caso ocorresse alguma alteração nas últimas eleições presidenciais da entidade, ocorridas em março de 2022 e que elegeram Ednaldo Rodrigues. O mandatário foi retirado hoje (7) do cargo por uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em cartas endereçadas hoje ao secretário-geral da CBF, Alcino Reis Rocha, a Fifa e a Conmebol relembraram à diretoria da confederação que o estatuto da federação mundial "obrigam as associações-membros a gerir seus assuntos de forma independente, sem influência de terceiros, incluindo quaisquer autoridades estatais".

O artigo 16 do estatuto da Fifa diz que qualquer violação de tal obrigação pode levar a possíveis sanções, conforme previsto nos estatutos da Fifa, mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação-membro em questão.

A carta diz que a Fifa tomou conhecimento de que um acordo celebrado entre a CBF e o Ministério Público corre o risco de ser cancelado, o que refletiria nas eleições da confederação. O documento é assinado por Kenny Jean-Marie, diretor das federações-membros da entidade. Ele pediu que a federação internacional seja mantida informada sobre qualquer avanço no assunto.

Em carta assinada pela diretora jurídica Monserrat Jimenez, a Conmebol ainda diz que "o âmbito desta norma abrange todas as questões relacionadas ao futebol, incluindo sua governança, o que engloba a eleição de seus representantes, os períodos de gestão, os períodos máximos de reeleição, bem como a tomada de decisões".

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