O número da camisa que Pelé vestiu na Copa de 1958 foi a "Pergunta do Milhão" do programa Domingão com Huck, da Rede Globo. A jornalista Jullie Dutra acertou e se tornou a primeira vencedora do quadro Quem quer ser um milionário.
A resposta certa foi: 10. Ela tinha 11, 17 e 18 como outras opções.
Mas por que o Rei do Futebol, então com 17 anos, usou aquele número? Estreante em Copas, ele não jogou os primeiros jogos daquela competição. Mesmo assim, ficou com a 10 — numeração tradicionalmente dada a um dos atacantes do time titular.
Numeração aleatória
Pelé foi o único da delegação brasileira que usou a "numeração certa" naquela edição, segundo o site da CBF. O goleiro Gilmar, por exemplo, recebeu a 3, enquanto Zagallo e Garrincha "trocaram números". O primeiro geralmente vestia a 11, e ficou com a sete. Já o segundo, em vez da sete, ficou com a 11. O número 9 ficou com o zagueiro reserva Zózimo.
Não há uma explicação definitiva para tal questão. Uma versão indica de que a relação oficial do grupo não foi enviada a tempo à Fifa, que se encarregou de numerar os jogadores.
Zagallo arrisca um motivo. Ele não se lembra ao certo, mas tem a vaga memória de que a numeração dada pela ordem das malas enumeradas na viagem.
Não sei direito, mas acho que mandaram a numeração que puseram nas nossas malas, com as quais viajamos. Só pode ser essa a explicação, porque, me lembro muito bem, a minha mala tinha o número sete. Zagallo, à CBF
O próprio Pelé já deu versões diferentes sobre o motivo que o fez receber o número. "Chegou lá, no sorteio da Fifa, caiu a camisa número 10", afirmou, em entrevista antiga ao Esporte Interativo. Já à Santos TV, em 2014, disse: "Na Copa do Mundo em 1958, na Suécia, fui o décimo atleta brasileiro a ser inscrito. Por causa disso, fui o camisa 10 da seleção em seu primeiro título mundial".
Coincidência ou não, Pelé ficou com a 10 e eternizou o número. Agora, a resposta certa daquele momento fez com que Jullie Dutra conquistasse R$ 1 milhão.
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