Corinthians vê dificuldade maior que rivais e vai parcelar reforços
O Corinthians vai apostar no pagamento parcelado para contratar reforços.
O que aconteceu
O presidente eleito Augusto Melo busca formas de honrar a promessa de ter um time para "brigar por tudo" a partir de 2024. O orçamento é limitado e há pouco dinheiro nos caixas.
O Timão abriu espaço na folha salarial ao dispensar Gil, Giuliano, Renato Augusto, Cantillo e Bruno Méndez, mas tem pouca grana disponível para investimentos e penou para pagar os salários de novembro.
A saída será oferecer pagamentos parcelados para viabilizar contratações. Essas ofertas já foram feitas no mercado para os casos dos volantes Erick (Athletico) e Raniele (Cuiabá), por exemplo.
O Corinthians tem recebíveis ao longo da temporada e entende que o dinheiro disponível precisa ser utilizado para dívidas de curto prazo. Os reforços virão sob parcelamento.
Rozallah Santoro, novo diretor financeiro do Corinthians, explicou essa equação ao UOL.
Com o sufoco do curto prazo, mesmo com orçamento e alguma verba, o problema se torna o agora. Quando a gente fala de recorde de receita, perto de R$ 1 bilhão, um pedaço grande veio da venda de Murillo, Pedro, Adson, Róger Guedes... São uns R$ 250 milhões que não vieram à vista. É uma receita de 2023, mas não mexe no caixa em 2023, entra ao longo dos últimos meses e anos. O caminho, sim, é fazer uma proposta parcelada. O cara vai querer R$ 10 milhões à vista? É mais difícil. Todo os clubes têm a mesma dificuldade de caixa. A nossa é um pouco maior que os outros
Sem desculpas
A falta de recursos nestes primeiros meses de gestão não deve inviabilizar reforços importantes. O Corinthians quer cerca de 10 contratações.
O diretor financeiro sabe da promessa de Augusto Melo e não vai colocar a montagem do elenco em segundo plano.
A folha salarial continuará em patamar alto, de cerca de R$ 20 milhões, e os reforços virão com pagamentos parcelados, trocas ou vinda de atletas livres, como foi com Hugo, lateral-esquerdo do Goiás.
"A gente vai precisar buscar compor, sempre. Qualquer negociação à vista pressionaria demais o caixa e teríamos que escolher algo a não ser pago. É uma decisão. Decisão executiva. Nosso papel do financeiro é fazer isso acontecer. E ele [Augusto Melo] vai colocar os desafios para a gente. Não tem dinheiro carimbado no caixa. Não podemos fugir da nossa responsabilidade. Se tem um negócio a ser feito, vamos conversar e entender como viabilizar", falou Rozallah Santoro.
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