John Kennedy 'sumia', mas Diniz vê atacante com potencial para decidir Copa

O ano do Fluminense seria completamente diferente se não existisse John Kennedy. A ausência, inclusive, era marca da fase problemática do atacante. Mas a evolução é tanta que o técnico Fernando Diniz enxerga nele o potencial para decidir jogos grandes. Foi assim na Libertadores, e hoje (18), na semifinal do Mundial, contra o Al Ahly. E, segundo o treinador, pode acontecer até em Copa do Mundo.

É um jogador certamente com muito potencial. Para ser um jogador brilhante. Brilhante, mesmo. De jogar na seleção brasileira, decidir Libertadores, decidir Copa do Mundo. A gente não sabe se isso vai acontecer. Tem uma estrada para ocorrer. Potencial ele tem. Muito grande. É um cara que tem o carisma do gol. É um cara predestinado para fazer gol. Além dele saber fazer gol, tem uma atração entre ele e o gol. Dá para perceber quando ele entra que está em um momento especial. Percebe-se em poucos toques a diferença

Diniz

Outras respostas de Diniz

Evolução por causa da sequência. "John Kennedy é um cara que não nunca esteve treinado. Ele vinha, jogava, sumia, dava problema. Agora, virou um cara mais profissional, está muito treinado. Ele pode decidir jogo. Não tem a obrigatoriedade. Mas fez um gol e poderia ter feito outro. É um jogador muito especial. A gente trabalha muito para que ele possa crescer humanamente para dar conta do potencial que a gente tem".

Time 'teimoso": "Eu acredito que a persistência naquilo que a gente sabe fazer de melhor aumenta a chance de dar certo. No segundo tempo, fizemos ajustes. E um deles era a gente ser mais a gente. Teve momentos no primeiro tempo, que deixamos de ser a gente. Forçando passes desnecessários, saindo com bola longa sem necessidade. No segundo tempo, jogamos mais com a nossa cara. Ficou claro que a gente tinha como fazer melhor. Embora a gente tenha cedido contra-ataques, a maioria era depois de escanteio e bola parada nossas".

Dificuldade no início

A gente começou a partida, por ser uma estreia, mais nervoso que o habitual, jogando contra um time que já tinha jogado nesse campo. O campo está diferente do campo de treino. Ele está muito baixo, a bola está mais viva. A gente vai tentar ajustar isso. Isso também foi um fator que deixou a gente um pouco inseguro para tocar a bola. A gente cedeu contra-ataques que a gente não costuma ceder".

Ajuste após o intervalo

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"No segundo tempo, a gente conversou, já tinha passado o nervosismo. Voltamos melhor, com mais controle. Depois que a gente fez o gol, a partida mudou de configuração, começamos a ter mais espaços. Fizemos o segundo gol e poderia ter mais ainda".

Adversário complicado e efeito do campo

"Felipe Melo fez uma partida brilhante. A gente acabou sofrendo por erros táticos e técnicos. A gente nunca tinha jogado contra esse time e esses jogadores. Eles têm domínio da condição física. E tem a questão da altura do campo. A gente estava errando domínios e passes. Estava parecido com campos sintéticos. Não que seja igual, mas muito diferente do que a gente estava habituado. Estivemos mais perto de fazer o gol. Depois que fizemos, a partida ficou mais fácil".

Marcação

"O ponto positivo, que também isso é uma teimosia, a gente marcou muito bem. Em linha alta, média e baixa. Os perigos que a gente correu foi uma falta de organização na hora do ataque, qualidade do adversário e um campo diferente. Mas a marcação quando a gente estava estruturado talvez foi o ponto crucial para a gente ter vencido o jogo. A gente soube marcar o adversário, que é difícil".

Gramado

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"O campo é ótimo. Todo campo deveria ser assim. Mas como nem todo o campo é assim, a gente fica acostumado com outro jogo, o jogo fica mais lento. A gente teve que fazer adaptação durante o jogo. Muda completamente. A gente erra na parte técnica e interfere a parte tática. A gente já solicitou para deixar o campo de treino na mesma medida da grama aqui e molhar da mesma forma para que a gente tenha mais chance de estar quase que totalmente adaptado para fazer a final".

Preparação próxima

"A gente agora vai assistir ao jogo de amanhã para ver quem vai ser o nosso adversário. Mapear e descansar para fazer um grande jogo na final".

Pressão por trabalhos no Flu e na seleção

"Eu lido muito bem. No futebol, o que me apaixona é separar o que é bem feito, justo, honesto e do que as pessoas vão falar. O ano do Fluminense está sendo um ano inesquecível. Na seleção, a gente teve resultados que não corresponderam. Poderíamos ter feito melhor, mas alguns resultados não conduziram com o que a gente produziu".

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