Fluminense quis vender herói para os EUA e recuou após divergência de grana
Do UOL, em Jeddah (Arábia Saudita) e no Rio de Janeiro
19/12/2023 04h00Atualizada em 19/12/2023 09h51
Decisivo na classificação do Fluminense à final do Mundial de Clubes, John Kennedy termina a temporada acostumado ao codinome de "herói", após o Tricolor quase o vender ao futebol dos Estados Unidos.
O que aconteceu
John Kennedy quase foi negociado pelo Flu. Em março, o jogador esteve envolvido em uma negociação com o Chicago Fire, dos Estados Unidos. Na época ele ainda estava emprestado à Ferroviária, de São Paulo.
Os clubes não chegaram a um acordo de valores. A proposta era de 3 milhões de dólares (R$ 15,6 milhões na cotação da época).
Pela incerteza do futuro, o Fluminense tinha desejo de vender o jovem. Colecionando casos de indisciplina e com problemas dentro do clube, Kennedy contava com o receio da diretoria sobre como retornaria do empréstimo.
O Flu temia perder uma chance única de venda. No entanto, pesou a divisão alta de fatias dos valores. O clube tem 60% dos direitos econômicos e os outros 40% seriam do Social-MG. Entretanto, o empresário do jogador receberia 10% e a Ferroviária mais 10% pela taxa de vitrine, deixando o clube carioca com 40%.
A não concretização da transferência foi celebrada pela torcida, que se mostrou contra a venda. Na época, houve protestos pelo valor considerado baixo pelo potencial do atacante. A diretoria, mesmo assim, manteve o temor até o retorno em bom nível.
John Kennedy fez o segundo gol tricolor no triunfo por 2 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito. O gol levou alívio ao time, que àquela altura temia o empate. O camisa 9 já havia marcado o gol do título da Libertadores.
Missão de Diniz
John Kennedy retornou, ganhou espaço e logo caiu nas graças dos torcedores. Ele ainda assumiu a camisa 9, que era de Fred. O atacante, hoje dirigente do clube, já havia colocado o jovem como sucessor natural caso "colocasse a cabeça no lugar".
Recuperar o jogador era missão de Fernando Diniz. No começo de 2022, pouco depois de chegar, ele disse que faria de tudo para ajudá-lo. Na época, Kennedy não vinha tendo oportunidades porque tinha fraturado um dos dedos do pé jogando com amigos.
Eu vou fazer de tudo para ajudá-lo para ele poder ter uma vida digna no futebol. Principalmente quando parar, para que ele viva daquilo que construiu no futebol. Essa é a minha intenção com ele.
Diniz