Com sua tradicional prancheta em mãos, o colunista Paulo Vinícius Coelho projetou no De Primeira o provável duelo tático entre o Manchester City de Pep Guardiola e o Fluminense de Fernando Diniz pelo título do Mundial de Clubes da Fifa. O campeão europeu joga hoje às 15h (de Brasília) valendo vaga na decisão.
O colunista do UOL destacou o embate de filosofias: o jogo posicional de Guardiola contra o jogo aposicional de Diniz. Segundo PVC, o City atua no 3-2-5 (o velho WM, clássico dos sistemas táticos), enquanto o Fluminense parte do 4-2-3-1.
O jogo posicional tem três conceitos básicos: largura, profundidade e apoio. Só que a aproximação dentro do jogo do Guardiola é dentro do seu quadrante, não é que seja uma coisa absolutamente rígida porque tática não é estática, mas o Doku não vai sair de uma ponta para a outra feito um louco. Ele vai ter mobilidade e o apoio com aproximação do Julian Álvarez no quadrante, para fazer o trabalho de 2 contra 1, para gerar superioridade numérica e com o meia jogando entre as linhas de defesa e meio-campo, mas aproximando e dando apoio dentro do quadrante.
O jogo aposicional, dito assim pelo Fernando Diniz, é o oposto. Ele vai ter o conceito de largura, o Keno e o Arias vão dar amplitude no campo também para abrir a defesa adversária e criar espaço por dentro; ele vai ter o conceito de apoio na entrelinha, o Ganso vai jogar entre o meio-campo e o ataque; mas, diferentemente do jogo posicional, em que a bola vai até o jogador, no Fluminense o jogador vai até a bola, porque se vê uma aglomeração de um lado do campo — o Keno vem onde está a jogada, o Ganso vem onde está a jogada. Então, você tem um conceito que é parecido com o de Guardiola, só que com princípio oposto. O Guardiola dá apoio para fazer 3 contra 2, só que a bola que vai ao jogador, e o Diniz traz o jogador até a bola para fazer 4 contra 2, um 3 contra 2, o princípio vai ser o mesmo (superioridade numérica), só que o meio para chegar a esse fim é completamente diferente. PVC
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