O São Paulo oficializou ontem (26) o acordo de 'naming rights' que mudou o nome do seu estádio para MorumBIS e surgiram comparações sobre qual foi a melhor negociação entre as casas dos três rivais da capital. O UOL traz números corrigidos de todos os contratos para esclarecer a discussão.
Allianz Parque e MorumBIS se equivalem
Pioneiro entre os paulistas, o Allianz Parque quase dobrou valor com reajuste. A Allianz fechou contrato de 20 anos em 2013. O valor anual pago para Palmeiras e WTorre era de R$ 15 milhões em 2013 e passou para R$ 27,5 milhões em 2023. Os contratos são, normalmente, reajustados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador mais importante para medir a inflação no país.
Acordo do MorumBIS fica na mesma casa. O contrato assinado por São Paulo e a empresa Mondelez fica entre R$ 25 e R$ 30 milhões anuais por três anos. O vínculo também tende a reajustar na mesma casa de valores do Allianz. O São Paulo ainda não divulgou se ficará com 100% do valor ou se haverá uma divisão.
Em 2027, balança pode pesar para lado palmeirense. Se o São Paulo só tem três anos de acordo, o Verdão ainda tem garantidos mais 10 anos, já que o Allianz Parque teve seus 'naming rights' comercializado até 2033. Por outro lado, nada impede que o acordo do Tricolor seja prorrogado com números até superiores após o primeiro vínculo de três anos a depender do sucesso do MorumBIS.
Muito difícil fazer um contrato longo, de 10 anos, porque hoje existe uma responsabilidade por parte das empresas com suas áreas de compliance que impossibilita o CEO de fazer acordos tão longos, isso é muito normal, mas acho que precisa de uma possibilidade de fazer uma renovação. O mundo muda muito rápido. Quem assinou máster tempos atrás, assinou por um preço muito baixo por causa das chegadas das bets. Como gestor, eu acho que é correto o período. É complicado assinar por tantos anos. Se eu estivesse no clube, eu deixaria uma forma para que isso seja renovado, para que as pessoas falem realmente MorumBIS. Renê Salviano, CEO da agência de marketing Heatmap, ao UOL
Neo Química Arena fica atrás
A Neo Química Arena, casa do Corinthians, tem o mesmo acordo do Allianz, mas assinado anos depois. O valor inicial dos naming rights dos dois estádios foi de R$ 300 milhões por 20 anos, mas o Corinthians assinou seu vínculo em 2020, sete anos depois do acordo pela arena palmeirense. Os R$ 300 milhões do Palmeiras já tinham sido corrigidos para R$ 440 milhões.
Hoje, o valor pago pela Hypera Pharma, dona da Neo Química, ao Corinthians está na casa dos R$ 20 milhões anuais, que vão para o pagamento do financiamento à Caixa para a construção do estádio. Assinado em 2020, o valor que iniciou em R$ 15 milhões também passou por reajuste do IPCA e subiu, mas ainda fica abaixo dos acordos de Palmeiras e São Paulo.
Em 2027, porém, o Timão pode deixar o São Paulo para trás. Assim como na comparação com o Palmeiras, o São Paulo pode ficar atrás do Corinthians quando o contrato com a Mondelez chegar ao final, já que a Neo Química Arena teve seus naming rights vendidos por 20 anos, até 2040.
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