Ainda em processo de recuperação de uma grave lesão multiligamentar no joelho esquerdo ocorrida em fevereiro, o volante Patrick de Paula recebeu o UOL para uma entrevista exclusiva e abriu o coração, revelando que além da ajuda do departamento médico alvinegro, tem recebido o auxílio mental de psicólogos para retornar aos gramados.
Eu tenho um [psicólogo] do Botafogo e um fora também. Estou sempre conversando com eles para que me ajudem nessa situação mental para poder voltar bem e me recuperar logo. Já contava com a ajuda do psicólogo desde o Palmeiras, o que me ajuda bastante. Estou sempre conversando, falando o que está acontecendo e é o que me faz muito bem
Patrick de Paula, ao UOL
Confira outros trechos da entrevista de Patrick de Paula
Ajuda de psicólogo para retomar confiança: "Eu sempre converso com meu empresário. Antes de vir para cá [local da entrevista] falei para ele que acho que o que mais vou sentir é a volta da confiança de dividir uma bola no começo, mas estou trabalhando meu mental para isso. Estou fazendo meu psicólogo para estar bem e com a cabeça boa".
Classificação e jogos
Momentos difíceis: "Como falei, quem joga bola, vive aquilo ali, não gosta de ficar de fora, ainda mais com uma lesão grave de joelho. Foi um dos meus piores momentos, mas graças a Deus o pior já passou, estou na parte final da minha lesão para voltar a jogar".
Bruno Henrique, do Fla, teve a mesma lesão e vira inspiração: "É uma inspiração, ele teve a mesma lesão que eu. Graças a Deus voltou muito bem e isso tem que tirar como exemplo. Superou uma grave lesão, que não gostamos de sofrer, de ficar de fora, e ele passou por cima disso. Se Deus quiser também irei passar por cima e vou voltar a atuar".
A recuperação: "Estou me sentindo cada vez melhor. Estou me cuidando para me sentir 100%, tratando todos os dias. Não vejo a hora de poder voltar a jogar e estar bem para jogar. Ainda não estou treinando com bola, mas já estou no campo fazendo mudanças de direção para poder ver como está a estabilidade do joelho, mas se Deus quiser, em breve eu vou voltar".
Antecipar a previsão de retorno que é para março?: "Creio eu que não. É uma lesão grave, eu quero fazer tudo com paciência, devagar, para lá na frente não ter outras lesões. Não sei o que o Botafogo está pensando em fazer, mas estamos fazendo tudo certinho para poder voltar 100%".
O que esperar: "Quero voltar muito bem, ter minha confiança, jogar novamente e a torcida pode esperar que a gente vai dar muita alegria, fará um grande campeonato, uma grande Libertadores para colocar o Botafogo onde merece".
Oriundo da Taça das Favelas: "Sempre quando dá, eu vou onde eu morava para ver meus amigos, tenho família ainda lá, então estou sempre olhando a Taça das Favelas, foi de onde saí, são minhas origens".
Lições com a mudança abrupta de vida e a gangorra vivida: "Tiro muita coisa, foi tudo muito rápido na minha vida. Estava no Palmeiras, agora no Botafogo... Foram grandes coisas que tiro como exemplo de vida e sempre me espelho muito no que minha mãe sempre fala, que a gente sempre tem que saber de onde saímos. Então estou sempre lutando para ser melhor ainda e ser inspiração para os meninos de onde morava".
Campanha do Botafogo no Brasileiro: "O Brasileiro é um dos campeonatos mais difíceis de se jogar. Lutamos até o final. Até o quinto colocado podia ser o campeão, mas infelizmente aconteceu, faz parte do futebol, lutamos até o último minuto do campeonato, mas o Palmeiras foi campeão e agora é ter a cabeça diferente para fazer um grande ano".
Conversa com Tiago Nunes: "Foram grandes treinadores. O Luís Castro, Lucio Flávio, o Caçapa e agora o Tiago Nunes. Conversei com ele [Tiago Nunes], perguntou meu prazo e estamos sempre juntos ali. É um grande treinador, que pode dar muito certo no Botafogo. Se Deus quiser, ano que vem vamos estar mais próximos, no campo, para termos uma boa sintonia".
Pressão por ser a contratação mais cara da história do Botafogo?: "Não sinto pressão, não. Aconteceu, sou o jogador mais caro, mas se eu fui o mais caro é porque fiz acontecer. Não tenho isso como uma pressão mas, sim, como inspiração, me dá mais vontade de jogar e dar alegria para o torcedor. Ano que vem será um grande ano e eu vou poder fazer o que mais gosto".
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