A Justiça da Suíça anulou a condenação de Cuca por estupro. O caso teria ocorrido no ano de 1987 e foi julgado em 1989.
O que aconteceu
A juíza Bettina Bochsler aceitou a defesa de Cuca sobre a condenação à revelia, quando é feita sem advogado próprio ou defensor público, mas não entrou no mérito da inocência do treinador. O caso foi reaberto no Tribunal Regional de Berna-Mitteland e o UOL teve acesso aos documentos.
"Qualquer pessoa acusada de um delito criminal tem o direito fundamental de ser defendida por um advogado. Essa é a base de um julgamento justo", diz trecho da decisão.
O crime prescreveu, então o pedido de novo julgamento feito pela defesa do treinador não foi acatado. O Ministério Público decidiu anular a pena de 15 meses de detenção e extinguir o processo por sexo com menor de idade sob coerção com outros três colegas durante excursão do Grêmio em 1987.
A suposta vítima, Sandra Pfäffli, morreu em 2002, de acordo com a justiça suíça. Ela tinha 13 anos na noite de 30 de julho de 1987 e faleceu aos 28. O tribunal encontrou um herdeiro, que não se interessou em ser parte do caso.
A defesa de Cuca entende que essa é uma vitória parcial. Seus advogados dizem ter provas suficientes para provar a inocência, mas o mérito não foi julgado.
O caso foi dado como encerrado no dia 28 de dezembro e Cuca ainda foi indenizado com pagamento de R$ 55,2 mil, já descontadas as custas processuais.
Cuca resolveu revisitar a história depois de pedir demissão no Corinthians em abril de 2023, quando viu grande parte da torcida e da opinião pública contra sua contratação.
O treinador de 60 anos pretende voltar a trabalhar em 2024. Ele recusou várias propostas durante a tentativa de se provar inocente e vê a anulação do processo como suficiente.
Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus
Cuca, em nota oficial
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