O futebol sempre correu pelas veias de Mário Jorge Lobo Zagallo. O pai dele, "Seo" Haroldo Cardoso Zagallo, vestiu a camisa do CRB de Alagoas e se tornou ídolo da equipe. Apesar disso, o nordestino não queria que o filho seguisse o mesmo caminho - a ideia era que Mário trabalhasse na empresa da família.
Haroldo estudou em colégios na Inglaterra e foi lá que começou a jogar "football". Quando retornou a Maceió, com os pais Luiz e Laura, ele implantou a modalidade no Clube de Regatas Brasil, o CRB. Foi uma luta, já que outros associados da entidade preferiam apenas os esportes a remo.
De acordo com dirigentes do CRB, o primeiro registro de uma partida de futebol do time foi em 10 de junho de 1916, um jogo-treino entre os atletas do próprio clube. O pai de Zagallo era um deles e logo se tornou conhecido como o "Rei do Dribling" por sua velocidade e facilidade em superar os adversários em campo.
Haroldo vestiu a camisa do CRB entre 1916 e 1922. Depois, ele seguiu no clube, mas em cargos diretivos. Em 1923, o pai de Zagallo inaugurou uma quadra de tênis no CRB e incentivou a prática de mais uma modalidade.
Anos se passaram e o Velho Lobo nasceu em Atalaia, cidade próxima de Maceió, em 9 de agosto de 1931. Ainda bebê, aos oito meses, se mudou para o Rio de Janeiro com a família e foi na Tijuca que aprendeu a jogar bola. Aos 16 anos, entrou no time infantil do América e seguiu na equipe juvenil.
O sonho de Zagallo era seguir os passos do pai, mas Seu Haroldo não concordava com a ideia. O ídolo do CRB tinha o desejo de que o filho entrasse na faculdade de contabilidade para trabalhar em um dos escritórios da Fábrica Alexandria do Bom Parto, uma indústria de tecidos da família.
Como todos devem imaginar, os planos do pai foram por água abaixo. Fernando, o irmão mais velho de Zagallo, foi o responsável por conversar com o pai e convencê-lo de que o irmão tinha futuro como jogador profissional de futebol.
O restante da história, os brasileiros bem conhecem? Zagallo não só fez sucesso, como se tornou ídolo do futebol mundial.
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